CICLO DA ESCRAVIDÃO

Os NEGROS chegaram ao Rio Grande do Sul trazidos pelos portugueses, mas
não existe dada exata de seu ingresso. Entretanto, com certeza sabemos, que
o elemento negro teve presença marcante em todos os campos da construção
do Rio Grande.
O braço negro surgiu como uma mão-de-obra inevitável
para os portugueses na ocupação do Estado (RS), pois o índio não se
adaptou a um trabalho tão forçado. Ele trabalhou na agricultura, na
derrubada das matas para a construção das estradas, nos trabalhos
domésticos das fazendas, no curtume, na construção civil, colhendo,
plantando, moendo, carregando, sendo guarda-costa de seus donos, etc.
Enfim, executando todo o tipo de atividade exaustiva e desgastante.
Mas o negro tem ainda, participação ativa nas lutas
rio-grandenses (Guaranítica, Revolução Farroupilha, Revolução
Federalista, etc). Foi soldado em todas as guerras, destacando-se nas
tropas farroupilhas como militar da infantaria. Foi a guerra que
aproximou o negro ao branco, pois lutaram por uma mesma causa e um mesmo
ideal.
Por todo seu sacrifício, a nossa sociedade deve ser
eternamente grata a esta nobre raça denominada NEGRA.

O Brasil tem
que assumir a cultura de seu povo e, nesse caso, a cultura
afro-americana. A cultura traz grande contribuição para os embates e o
caos da sociedade de hoje. A cultura negra é profundamente ecológica,
assim como a cultura indígena.
Uma parcela
significativa de nossa população é negra e sua cultura se enraizou e se
mantém com grande vitalidade, expressando-se através de manifestações de
caráter associativo, tanto no campo cultural quanto no social e
religioso.
Sabemos que
ainda hoje, embora poucos admitam, ainda há discriminação em relação ao
negro, que ocorre nos espaços informais e formais. Conseqüência disso é
que o maior contingente de população favelada e mal remunerada é negra.
Nosso país,
entretanto, não pode se recusar a assumir a paternidade dos filhos
pobres que tem gerado ilimitadamente, pois não haverá verdadeira
humanidade e real democracia, enquanto povos estiverem mantidos
marginalizados como ocorre aqui no Brasil.
A sociedade
das classes dirigentes têm uma enorme dívida material e ética
principalmente com os povos indígenas e a cultura negra.

AXÊ, MEU
IRMÃO!

LENDAS DA ESCRAVIDÃO
CAMBAÍ
ESCRAVA
HONRADA
IGREJA
DAS DORES
LAGOA NEGRA
LAGOA DA PINGUELA
NEGRINHO DO PASTOREIO
PAI QUATI
RESSUSCITADO




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