DEUSA MAAT
UM CAMINHO PARA DESCOBRIR-SE

Quem sou? Para onde eu vou? O que há
depois? ...e uma infinidade de perguntas
semelhantes a estas povoam a mente do ser humano.
Entretanto, somente poucos se dedicam em encontrar
alguma resposta.
Você não precisa ser um "exper" cabalista,
um consumado astrólogo ou um intrépido alquimista
para conhecer as verdades que residem em seu
interior. Temos sim, é que aproveitar o esforço e
o conhecimento que nossos ancestrais nos deixaram
como herança. Estamos imersos em Maat, a Corrente
da Verdade e do Equilíbrio, onde todos os seres da
Criação devem sentar em seu trono. De onde o homem
e a mulher, a natureza e a humanidade, podem
conviver com respeito mútuo.


MAS QUEM É MAAT?
Maat é a personificação da Verdade, da
Justiça e da Harmonia Universal. Ela é a potência,
o princípio metafísico, que mantém o mundo na sua
regrada continuidade. O Cosmos, a Natureza, e a
Sociedade, no fundo, a Ordem Universal, só se
mantêm de forma duradoura exatamente pelo seu
atento zelo.
Representada como uma mulher, de pé, sentada ou
com um dos joelhos em terra, apresenta, fixada em
uma fita da sua cabeleira, uma pluma de avestruz,
que é o seu principal signo identificador. Em
muitas representações, a simples figuração da
pluma simboliza a sua presença e atuação.
É irmã de Rá, o
Deus-Sol e esposa de Thoth, o escriba dos
deuses com cabeça de ibis.
Maat
é equivalente à Têmis grega e, como esta, é
explicitamente a representação divina da lei e
da ordem cósmicas naturais. Como ordem cósmica,
Maat é o alimento do Deus-Sol Rá; é também
"o olho de Rá" e o Ka de Rá. Segundo
as crenças egípcias, o corpo do homem se
compunha de dois elementos espirituais, o Ba,
similar a alam e o Ka, uma espécie de réplica do
corpo. A morte representava a separação do
elemento corporal dos espirituais. Entretanto, Ka
não poderia sobreviver sem a presença do corpo,
foi daí que se desenvolveram técnicas precisas
de conservação, conhecidas com embalsamento. O
processo de mumificação tinha como objetivo a
manutenção do corpo para própria existência de
Ka.
Maat
é a Senhora do Céu, Rainha da Terra e amante do
Mundo Inferior. O grande inimigo de Maat era Seth,
a versão egípcia do Ares grego, Deus da desordem
crassa, da injustiça e da ambição.


O
PALÁCIO DAS DUAS VERDADES

A
atividade crucial de Maat ocorria no Palácio das
Duas Verdades (Maati), onde os mortos iam para o
julgamento final. Primeiro, o falecido deveria
proferir uma “confissão negativa”
declarando que não cometera pecados ou más ações.
Verificava-se então se estava sendo honesto a
cada um dos 42 itens confessados. Depois seu
coração era colocado em um prato de balança,
enquanto no outro estava uma pena de avestruz
simbolizando Maat (a verdade). Por vezes era, ela
mesma, a balança. Não se sabe com clareza de que
forma o coração era pesado para que a alma do
morto fosse considerada justa. Sabe-se somente,
que se o coração tivesse o peso certo em
contraste com o peso de Maat, a pessoa estava
justificada.
O coração, portanto, é considerado
a "voz" e somente ele dirá para onde
deverá ser destinado. Caso não o tenha, a pessoa
é lançada a um monstro híbrido temível
composto de partes de crocodilo, leão e
hipopótamo chamado Ammut, comedor de mortos.
Para
os egípcios, o coração não era tão somente um
órgão vital do corpo, mas era também a
consciência, ou o centro do pensamento. Ele representava a voz de Maat no
ser humano, a voz oracular da Ordem Cósmica que
rasga o véu e penetra no mundo humano.
Entretanto, por essa razão, as palavras do
coração tornaram-se um problema para os
egípcios, pois ele testemunhava no Palácio das
Duas Verdades contra a pessoa. Essa crença era
tão forte, que existia até uma prece especial,
dirigida ao coração, que era inscrita em um
amuleto em forma de escaravelho e depositada no
local do coração durante o ritual de embalsamento. Tal prece suplicava que o coração
não se levantasse "como testemunha contra
mim".
Para
os antigos egípcios, o porta-voz oracular da lei
da natureza, localizado no próprio corpo do
indivíduo, estava muito mais próximo da
consciência ordinária do que consideravam os
gregos, para quem Gaia e Têmis haviam sido
forçadas a retira-se do Delfos e a permanecer nos
mundos inferiores, enviando de lá mensagens
através dos sonhos. Muito embora Maat falava em
nome da ordem cósmica, ela também é "o
olho de Rá" e os filhos de Rá sentavam-se
nos tronos dos faraós. Deste modo, a lei e a
justiça estavam unidas, e os árbitros da ordem
natural e da ordem social eram um só, unidos em
Maat e no faraó. Por intermédio do oráculo da
Deusa, o coração, as leis e os costumes da vida
social eram confirmados por uma intuição mais
profunda de justiça e integrados nesse nível.


MAAT E O FARAÓ

Algumas vezes, Maat era representada infundindo o
hálito da vida nos faraós. Para tanto, suspendia
um ankh contra o seu nariz. Hator e outros deuses
e deusas também se representavam da mesma maneira,
porém só Maat infundia o alento da vida sobre o
começo de todas as coisas.
Como
princípio divino e como divindade do Equilíbrio
Cósmico, Maat era uma força permanente ao lado do
faraó aprovado e escolhido pelos deuses. Em última
instância, o funcionamento regular e a própria
existência e continuidade do faraonato como
instituição fulcral da vida egípcia dependiam da
atuação de Maat.
Em
complemento, a função real devia estar conforme
aos desígnios universais que a própria Deusa
perseguia, ou seja, a promoção e a manutenção da
fecundidade, da prosperidade, da solidariedade e
da abastança das Duas Terras, sob todos os
aspectos. O faraó devia honrar a Justiça, a
Eqüidade, a Verdade, a Retidão, isto é, a Deusa
Maat.
Sentado em seu trono, o faraó trazia em sua mão
uma figura da Deusa, diminuta como uma boneca,
também sentada, que se oferecia aos deuses como
sinal de que o rei representava a ordem divina que
não havia sido perturbada desde o dia de sua
criação. De forma similar, os juízes levavam sobre
o peito um emblema lapis-lázuli que representava
Maat. Assim, a ordem social era um reflexo da
ordem divina e o governo de cada dia representava
o tempo primordial em que Rá, o Sol, pôs a ordem (Maat)
em lugar do caos.
Nessa linha de idéias, é compreensível que uma
representação recorrente no âmbito da ideologia e
da iconografia real seja a oferta de uma estatueta
da Deusa Maat feita pelo faraó aos deuses. O rei
assume e compromete-se perante as divindades mais
elevadas do panteão a zelar maaticamente pela
marcha harmoniosa do país, pelo estabelecimento e
funcionamento da Justiça, da Paz, do Equilíbrio e
da Solidariedade, nas suas vertentes social, ética
e cósmica.
"A
oferenda de Maat" resume-se, portanto, numa imagem
carregada de significado: é o símbolo máximo da
atividade litúrgica, que consiste, no fundo, numa
sólida relação interativa entre o oficiante e o
oficiado. A esfera humana, terrestre, reconhecendo
a fragilidade da sua posição no Cosmos, louva e
honra os deuses, a esfera divina, deles guardando,
em resposta, a proteção, o auxílio, a benção. A
Deusa Maat é, assim, a medida de toda a conduta
humana. Sem ter culto local específico, ocupava um
papel fundamental na vida dos egípcios.
Além
da oferenda da efígie da Deusa perante divindades
maiores, conscientes da importância significativa
da relação com a Deusa Maat, muitos faraós, de
vários períodos históricos, incorporaram nos seus
nomes a nomenclatura da Deusa. A este propósito
são de citar os casos de Amenemhat III, da Xii
dinastia, cujo nome de coroação era Nimaetré, ou
seja, "Aquele que pertence à Maat/Justiça de Rá"
Na XVIII dinastia, faraós como Hatchepsut (nome de
coroação: Maetkaré, "A Maat/Justiça é o ka de Rá)
e Amenhotep III (nome de coroação: Nebmaetré, "Rá
é o senhor de Maat/Justiça") levaram também em
consideração este importante vetor na proclamação
das suas titulaturas.
Entretanto, muitos outros faraós seguintes denotam
este reconhecimento pela ação conjugada que deviam
assegurar com a Deusa Maat: Seti I e Ramsés XI
(nomes de coroação: Menmaetré, "Estável é a Maat/Justiça
de Rá); os Ramsés II, III, V, VII e VIII, que
escolheram todos como uma das designações dos seus
nomes de coroação Usermaetré, ou seja, "Poderosa é
a Maat/Justiça de Rá); Merenptah usava um pujante
Hotephermaet, "Aquele que está repleto de Maat/
Justiça" como epíteto associado ao seu nome de
nascimento; Ramsés IV preferiu para nome de
coroação Hekamaetré, "Soberano de Maat/Justiça
como Rá", enquanto que Ramsés VI (como Amenemhat
III) optou por Nebmaetré "Rá é o senhor de Maat/Justiça".
Também no Terceiro Período Intermediário, faraós
das XXII e XXIII dinastias continuaram a utilizar
o mesmo processo (Takelot I, Osorkon II, Chechonk
II, Petubastis I, Chechonk III). Até no Período
Ptolomaico a tendência se verifica: Ptolomeu VI
tinha como nome de coroação Irmaetenimenré,
"Aquele que faz reinar a Maat/ Justiça de Amon-Rá);
os Ptolomeus VII e XII usavam como nome de
coroação Irmaet "Aquele que faz reinar a Maat/Justiça";
Ptolomeu XV (o filho de Cleópatra VII e de Júlio
Cesar) não se fez de rogado e adotou como nome de
coroação Irmaetenré, proclamando-se assim como
"Aquele que faz reinar a Maat/ Justiça de Rá).
Todos esses faraós "amados e amantes de Maat" a
viam como uma autoridade suprema, cujo
comportamento modelo tentavam, pelo menos
ideológica e propagandisticamente, capitalizar na
sua onomástica. O próprio faraó "herético"
Akhenaton foi descrito como vivendo "de acordo com
Maat". Além disso, a maioria dos faraós que usaram
o nome da Deusa (designadamente a partir de Ramsés
VI) reinavam em períodos de esfacelamento e de
decadência da própria civilização faraônica, até
da própria instituição real, o que reforça ainda
mais a importância e o significado político-mental
que efetivamente a Deusa Maat detinha no seio da
sociedade e da cultura egípcia.


A
DEUSA COMO UM IDEAL A SER ALCANÇADO
Atum
(deus supremo) disse: "Quando os céus dormiam eu
vivia com minha filha Maat, uma em mim, a outra ao
meu redor", revelando o significado da "Dupla Maat":
em um nível, a união do sul com o norte (alto e
baixo Egito) e, em outro, a união da consciência
individual e a consciência cósmica ou universal,
para que se crie a harmonia.
Schwaller de Lubicz escreve a respeito:
"O
princípio da harmonia é uma lei cósmica, a voz de
Deus. Seja qual seja a desordem que o homem ou os
acidentes naturais fortuitos possam provocar, a
natureza, por si só, voltará à colocá-la em ordem
através das afinidades (a consciência que habita
em todas as coisas). A harmonia é a lei a priori
escrita em toda a natureza: se impõe a nossa
inteligência, porém em si mesma resulta
incompreensível."
Portanto, Maat era a Deusa através da qual se
faziam visíveis as leis fundamentais do universo.
Encarna a verdade, a ordem justa, a legalidade e a
justiça. Em certo sentido não está separada dos
outros deuses e deusas, senão que, como divindade,
é o princípio que nos leva à chegar em todos eles.
A
Deusa como estado de existência parece abstrair-se
da figura da própria Deusa; o que ocorre realmente
é que esta distinção (entre Deusa e a idéia) não
existem para os egípcios, como tampouco a
distinção entre ética e metafísica, nem na vida,
nem na morte.
Como se vê, os
deuses egípcios não eram pessoas imortais para
serem adoradas, mas sim ideais e qualidades para
serem honradas e praticadas.


MAAT, UM CONCEITO ÉTICO DE
VIDA
"Faze justiça enquanto durares sobre a
Terra"
Todas
as religiões têm um conteúdo moral ao lado dos
objetos de culto e a moral básica dos egípcios
tinha o nome de MAAT. Ela foi criada antes do
mundo e através dela o mundo foi criado. É quase
impossível traduzir a palavra com exatidão, mas
ela envolvia uma combinação de idéias como
"ordem", "verdade", "justiça" e "retidão".
Considerava-se Maat uma qualidade não dos homens,
mas do mundo, infundida neste pelos deuses no
momento da Criação. Assim sendo, representava a
vontade dos deuses. A pessoa se esforçava para
agir de acordo com a vontade divina porque essa
era a única maneira de ficar em harmonia com os
deuses.
Para o camponês egípcio, Maat
significava trabalho árduo e honesto, já para o
funcionário, significava agir com
justiça.
Durante as amargas
dificuldades e a desilusão que flagelaram o
Primeiro Período Intermediário, surgiu por
instante a idéia que Maat não era apenas uma
qualidade passiva inerente ao mundo, mas que os
súditos do rei-deus tinham o direito de esperar
que fosse praticada. Isso representava um passo
para o desenvolvimento de um conceito de justiça
social.
Portanto, é
mais importante "conservar Maat" (isto é, obedecer
a lei) do que adorá-la. A própria Maat dá
assistência nessa tarefa guiando, instruindo e
inspirando os egípcios e após a morte ela é o
princípio pela qual eles são julgados. Ela é a
personificação da sabedoria!
No período helênico, os
atributos de Maat foram absorvidos por Ísis.
Maat era
portanto, a Deusa da Justiça e da Verdade,
ligada ao equilíbrio (Libra) necessário para a
convivência pacífica entre todos os seres. Maat
rege o primeiro signo social do zodíaco egípcio.
.
Era filha de Rá, o Sol, e de
um passarinho que, apaixonando-se pelo calor e
pela luminosidade dos raios solares, subiu por
eles até morrer queimado. No momento em que foi
incinerado, uma pena voou pelos ares. Essa era a
nossa Deusa Maat.
Ela também foi a responsável
pela união do Alto e do Baixo Egito, simbolizando
com isso a força da união e os benefícios da
justiça. Sem Maat, a criação divina, que é a Terra
e seus habitantes, não poderia existir, pois tudo
se afundaria no caos
inicial.
Maat
toca todos os aspectos da vida: independência,
situações familiares, amor, ódio, temor,
enfermidade, morte, eternidade, solidão,
propósito e eleições. Não há situação que
não possa ser enquadrada no esquema da verdade.


A
JUSTIÇA
Não se trata aqui da justiça dos homens,
até porque esta justiça não está com seus olhos
vendados, mas atenta para preservar a ordem
social. A vida é sempre justa em relação a ela
mesma. Não vacila. Atua de tal modo que tudo que
provém dela a ela retorna. Nada se perde, tudo se
regenera, se renova e se transforma. É este o
sentido do número 8 deste arcano, o do equilíbrio
cósmico, da ressurreição e da transfiguração. A
Justiça nos permite tomar consciência de que, sem
limites definidos, nada pode sobreviver ou
subsistir no mundo. E a balança de Maat o que aqui
significa? Ela pesa o bem e o mal, os prós e os
contras, as vantagens e desvantagens, mede,
calibra e julga.
Maat representa além do equilíbrio,
a harmonia do Universo primordial. Tal equilíbrio
necessita dessa Deusa que personifica a justiça.
Maat nos lembra que "o que fizermos aos outros, a
nós será feito". É Maat, que protege os advogados
e os tribunais.
Maat chega com sua pena da
verdade para trazer justiça à sua vida.
Você já
foi injustiçada(o)? Tem usado sua integridade para
com os outros? Tem sido honesta(o), ou faz justiça
com as próprias mãos? Tem mania de ficar julgar
todo mundo? Pois saiba que o julgamento é o
fracasso da compreensão, não somos deuses para
julgar ninguém. Talvez seus padrões sejam tão
rígidos que você ache impossível atendê-los e se
sente continuamente obrigada(o) a rebelar-se? Pois
está na hora de você promover seu equilíbrio
interior e interagir harmoniosamente com o
universo. Maat vem lhe dizer que o caminho da
totalidade só será conseguido se você aceitar a
natureza amorosa da justiça que busca corrigir
todos os erros ao dar as lições
necessárias.


RITUAL À MAAT

Procure um local em sua casa
onde você não seja interrompida. Antes queime um
incenso e acenda uma vela branca colocando a sua
direita uma taça com água pura.
Á esquerda da vela
coloque um cristal ou uma concha do mar. Trace um
círculo chamando os elementos Terra, Ar, Fogo e
Água.
Invoque seu animal de poder, a Grande Deusa
e a avó Lua. Assim que tiver feito todos os
chamados, estará pronta(o) para invocar Maat. Para
invocá-la use suas próprias palavras e tente falar
com o coração. Use sua imaginação, pois o que
realmente importa é a intenção.
Rituais pomposos
estão fora de moda, seja sincera(o) e manifeste
sua vontade de entrar em contato com a Deusa Maat.
Feche os olhos e se puder toque o tambor, cante ou
dance chamando-a em voz alta ou em silêncio. Abra
os braços e visualize sua presença. Vá de encontro
à ela e a abrace.
Agora entregue a ela tudo aquilo
que requer justiça em sua vida. Sinta seus ombros
relaxar e entregue-se, pois a partir deste momento
você tem Maat como sua advogada e mediadora, ela
cuidará de tudo. Todos os problemas estão fora de
sua vida, não lhe pesarão mais os ombros, nem
torturarão sua mente. Agradeça a Maat por sua
vinda e libere-a com gratidão.
Agora também
agradeça a todos aqueles que você chamou para
trabalhar com você. Feche o círculo, percorrendo-o
no sentido anti-horário.
Confissão
Negativa
Homenagem
a ti, grande deus, senhor da verdade! Venho a ti,
meu senhor, de modo que possa contemplar tua
beleza. Conheço-te e conheço o teu nome, e conheço
os nomes dos 42 deuses que estão contigo na sala
da verdade...
Não
proferi mentira contra homem algum. Não empobreci
meus próximos. Não cometi erros no lugar da
verdade. Não aprendi o que é proibido. Não fiz
nenhum mal. Não ordenei trabalho em excesso para
mim. Não privei o oprimido de sua propriedade. Não
fiz o que os deuses abominam. Não caluniei o
servo para seu senhor. Não causei dor. Não
provoquei fome. Não fiz ninguém chorar. Não
matei. Não mandei matar. Não fiz ninguém
sofrer. Não diminui as oferendas alimentares nos
templos. Não roubei a comida dos espíritos . Não
forniquei. Não tive mau comportamento. Não
diminuí as propriedades de terra. Não invadi
campos alheios. Não adulterei o peso da balança.
Não tirei o leite da boca das crianças. Não
capturei os pássaros das reservas dos deuses. Não
construi uma barragem na água que devia correr. Não
apaguei o fogo quando ardia. Não negligenciei as
datas das oferendas alimentares. Não me opus a um
deus em sua procissão. Sou puro!
texto pesquisado e
desenvolvido por
Rosane
Volpatto

Bibliografia
As
Divindades Egípcias - José das Candeias Sales.
Maat,
fille de Ré - Bernadete Menu (Artigo)
Maât,
L'Égypte pharaonique et l'ideé de justice sociale
- Jan Assmann
L'Égyte ancienne - Arne Eggebrecht
O
Mundo Mágico do Antigo Egito - Christian Jacq
La
religión del Antigo Egipto - Stphen Quirke
O
Antigo Egipto - Lionel Casson
The
Ancient Egytians - Rosalie A. David
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