~*~ Pitonisas e Sibilas ~*~


















 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PITONISAS E SIBILAS

Em todos os tempos, em todos os países, o homem procurou descobrir o futuro, adivinhar o que a vida lhe reservava ou o que lhe foi destinado. Os gregos não iriam constituir exceção a essa regra geral e desde os primeiros tempos de existência como povo que demonstrava imenso apreço e entusiasmo pela adivinhação do futuro.

Todos os meios foram utilizados com esse objetivo e muitas eram as cerimônias ou práticas que se realizavam para tentar conseguir descobrir o futuro. Acreditando que os deuses deixavam antever a sua vontade por meio de fenômenos que ocorriam no céu e na terra, indivíduos começaram a dedicar-se à interpretação desse desígnio dos deuses.

Para isso, "consultavam" os astros, as plantas e as entranhas dos animais que abatiam, pretendendo "ler" o futuro dos que os procuravam. Mas o desejo de conhecer a vontade dos deuses, fez também nascer os oráculos.

Além de Delfos, de Cumes, de Claros, de Dídimo ou de Mileto que proferia Apolo, e os Dodone e Amon, reservados a Júpiter, Marte possuía um na Trácia, Mercúrio em Patras, Vênus em Pafos, Minerva em Micenas, Diana na Colchisa, Pã na Arcádia, Esxulápio em Epidauro e em Roma, hécules em Gades, Trofonio na Beócia, etc.

Os gregos davam o nome de Pitonisas a todas as mulheres que tinham a profissão de adivinhas, porque o deus da adivinhação, Apolo, era cognominado de Pítio, quer por haver matado a serpente-dragão Píton, quer por ter estabelecido o seu oráculo em Delfos, cidade primitivamente chamada Pito.

A Pitonisa era a sacerdotisa do oráculo de Delfos. Sentada sobre o trípode ou cadeira alta com três pés, acima do abismo hiante de onde brotavam as exalações proféticas; ela divulgava seus oráculos uma vez por ano, no começo da primavera. Mas antes de se sentar na trípode, a Pitonisa se banhava na fonte de Castália, jejuava três dias, mascava folha de loureiro, e com religioso recolhimento, cumpria várias cerimônias. Terminados esses preâmbulos, Apolo prevenia a sua chegada ao Templo que tremia até os alicerces. Então a Pítia era pelos sacerdotes conduzida à trípode. Era sempre em transportes frenéticos que ela desempenhava sua função: dava gritos, uivos e parecia possuída pelo deus. Assim que desvendava o oráculo caía em uma espécie de transe, que algumas vezes durava muitos dias.

A princípio existiu uma única Pitonisa, mas com o tempo, o grande número de consultas que eram regularmente feitas, exigiu que se criassem ou que se recrutassem novas Pitonisas. Para atingir a grande honra de ser sacerdotisa, isto é, Pitonisa, era necessário satisfazer algumas condições consideradas essenciais, como ser pura, haver recebido uma educação simples e jamais haver conhecido o luxo, vestindo-se com recato. De preferência as Pitonisas eram recrutadas entre as famílias pobres, porque, acreditavam os gregos que a riqueza era incompatível com a elevada missão da Pitonisa.

Sibila é o nome dado às mais célebres profetisas da antiga Pérsia, Líbia, Delfos, Samos, Ciméria, Eritréia, Tíbure, Marpesso, Frígia. Sentada sobre os vapores insalubres de uma fenda na terra ou profundamente mergulhada no silêncio e na reclusão de sua caverna, Sibila devia dizer suas profecias em transe ou escrevê-las em folhas que depois eram dispersas pelo vento se ninguém viesse recolhê-las. Embora muitas vezes fosse esotérica e precisasse de uma interpretação mais profunda para ser entendida, Sibila com o dom da profecia ligava seu povo ao Divino.

Ficou muito conhecida certa Sibila que habitava Cumes, localidade onde Apolo possuía um belo templo, embora inferior ao de Delfos. Afirma-se que, aí, a Pitonisa chegava a escrever as profecias do deus. Na verdade foram os escritos chamados "Livros Sibilinos", que mais tarde foram para Roma, onde eram altamente apreciados, tendo-se entregue a sua guarda a um corpo de sacerdotes, chamados Díumviros. Tais livros eram consultados sempre que alguma desgraça ameaçava a cidade, para isso, porém, era preciso um decreto do senado.

A Sibila era mortal, no entanto, se tivesse aceito o amor de Apolo, poderia ser imortal. Ela nos conta:

-"Ele prometeu-me satisfazer minha vontade, se eu concordasse em ser sua. Tomei um punhado de areia e estendendo o braço, pedi-lhe para ver tantos aniversários quantos grãos tinha na mão. Infelizmente, esqueci-me de pedir a juventude. Posso viver setecentos anos, mas meu corpo enfeza-se à medida que os anos passam e um dia morrerei, mas a minha voz permanecerá e as idades futuras respeitarão minha palavra." Estas últimas afirmações da Sibila constituem uma alusão aos seus poderes proféticos.

Sibila aparece em nossas vidas para dizer que o dom da profecia é inerente à todas as mulheres. Só as mulheres trazem consigo os mistérios do sangue menstrual, da gravidez e do parto. Esses elementos separam claramente o homem da mulher. A consciência desta força mágica, desencadeou vários cultos na era primitiva e hoje os vemos retornar na arte da Wicca.

Sibila vem ainda nos dizer que nosso futuro depende de nossas escolhas pessoais. O padrão de energia básica de nossas vidas é preestabelecido, mas podemos alterá-lo como nos aprouver.

Na crença da Antiga Wicca, o futuro ainda não está definido, mas o padrão é estabelecido pela malha astral se nada se alterar. Tudo que se manifesta na dimensão física é antes formado na dimensão astral. Essa é uma das chaves da magia. A adivinhação nos permite vislumbrar o padrão astral e ver o que se formou no material astral. A Astrologia nos fornece uma visão geral do que nos aguarda se nada mudar em nosso trajeto.

Os intrumentos mais comuns empregados hoje nas artes divinatórias são: cartas de tarô, pedras de runas, psicometria, visões em cristaís, leitura de sinais e agouros. Técnicas como quiromancia e frenologia são agrupadas na categoria psicometria.

O TEMPLO ASTRAL

Sentada no chão, diante de você, coloque uma garrafa com vinho ou hidromel. Posicione suas mãos em forma de cuia em torno da garrafa. Comece agora a iniciar o relaxamento e depois inspire e expire pela boca quatro vezes sucessivamente, enquanto encolhe os músculos da barriga levemente. Isso aumentará o ar fora do estômago e a auxiliará a encher apenas os pulmões.

Feche os olhos e agora visualize o seu templo, com você caminhando até ele. Permita que sua imaginação aja livremente. Suba pelas escadarias e entre no templo.

A seguir, crie mentalmente um altar no centro do templo. Imagine-se construindo este altar ou formando-o magicamente por meio de gestos rituais. Não se esqueça que este é seu universo e você é a criadora deste espaço. Entretanto, procure simplificá-lo o máximo que puder, pois você terá de acessar mentalmente as imagens que criar no cenário nas primeiras vezes que adentrar o templo.

Coloque uma cadeira trípode (três pés) em frente ao altar. Ao terminar, é hora de olhar à sua volta e contemplar o que você criou. Caminhe mentalmente ao redor e preste atenção a tudo.

A seguir, sente na cadeira e chame por uma Sibila. Provavelmente não demorará muito para ela aparecer e você dirá que veio em busca de orientação.

Conversem o tempo que desejar e depois despeça-se agradecendo.

Para sair do templo basta estalar os dedos ou bater palma três vezes. A garrafa que esteve em suas mãos durante todo o ritual, estará agora carregada com a essência de tudo que você experimentou. Nas próximas vezes que entrar no templo, tome um gole da garrafa antes para fortalecer seu trabalho mental/astral.

Deste dia em diante, o templo astral estará lá a seu dispor, até que você mentalmente o dissolva. Sempre que você desejar, poderá ter outros encontros com as Sibilas e pedir orientação para os seus trabalhos e sua vida.

Texto pesquisado e desenvolvido por

Rosane Volpatto