MOMENTOS MÁGICOS


Existem muitas ocasiões
para ver os seres de outros mundos. O Outro Mundo se encontra em espaços
intermediários em pontos de fratura, em paisagens ou zonas de transição
do Mundo da Terra. Assim existe, por exemplo, na fração de segundo entre
dois instantes ou no ângulo apenas exterior de nosso rosto, no limite de
nossos sentidos.
Um encontro com o Outro
Mundo é um instante precioso, um tempo da alma. São momentos de
percepção absoluta; momentos em que nós deslizamos em outro estado de
consciência, em que o tic tac do relógio é revogado. Quando o tempo se
estende até o infinito no espaço onde o tempo não existe. Nestes
instantes se compreende e descobre a forma intensa de ser das coisas.
Essa distorção explica
também as descrições do Outro Tempo que encontramos nos contos, mitos e
lendas. Se conta, por exemplo, que o homem que pisa no anel de fadas de
uma fada não será libertado novamente no mundo dos mortais antes de um
ano e um dia exatamente. E terá a sensação que só passou um par de
minutos. Um instante no mundo das fadas pode, portanto, ser um longo
espaço temporal no mundo dos humanos. As leis de espaço e tempo não
existem aqui. Os tempos das fadas se descrevem assim: um ano e um dia;
sete anos e treze dias; três dias e três noites....As descrições contém
algo mágico, místico, que convertem o tempo em algo irreal. Assim, o
primeiro passo para entrar em contato como Outro Mundo, embora seja só
um momento, é perder a sensação de espaço e tempo.
Outros espaços de tempo
dos Outros Mundos se originam a partir dos ritmos e ciclos das
constelações e da natureza: dia e noite, lua cheia e lua nova, troca de
estações, constelações estelares e determinados espaços intermediários
temporais.
Para o povo pequeno ou
seres feéricos, os dias da semana tem outro significado:
Para todo aquele que se
encontre com os habitantes feéricos não deveriam mencionar jamais a
palavra domingo.
Sexta-feira é o domingo
do povo pequeno. Também é o dia que tem o máximo poder.
Na Quinta-feira e em
alguns lugares a segunda-feira, o povo pequeno não consegue ouvir nada
do que dizem os mortais.
A quarta-feira é um dia
em que um mortal deve ter cuidado para que não vá parar no Outro Mundo.
Terça-feira é um dia de
harmonia entre o povo feérico e o mortal.
Segunda-feira é o dia
da Deusa, em que o povo pequeno, através de sonhos e inspirações, pode
entrar em contato com o ser humano.
O sábado é a
segunda-feira do povo pequeno.
Esta ordenação não deve
ser interpretada desde nossa percepção cotiana, mas sim no sentido do
tempo do Outro Mundo. Por essa razão se fala:
"Hoje é quinta-feira, o
povo pequeno não pode nos ouvir", então deveríamos levar em conta se
realmente é quinta-feira para eles.

MOMENTOS DO DIA

A aurora e o
entardecer, meia noite ou as calorosas horas do meio-dia do verão são
tempos propícios para o povo feérico. Além disso, ao longo do dia é
possível estabelecer contato com eles. Cada vez que troca a hora, assim
como em determinados espaços temporais: entre as 6 e as 7, entre as 12 e
as 13 horas, entre as 16 e 17 horas, as 18 horas, a meia noite e as 3 da
manhã.
À tarde é um bom
momento para um encontro. Quando o sol começa a ocultar-se, os espíritos
se tornam mais ativos. Nesse momento se produz uma troca entre os
mundos. Uns desaparecem e outros aparecem, enquanto outros se
transformam.
Quando começa a
escurecer, se mostram quase todos os espíritos que pertencem a noite e
que adquirem seu máximo poder a meia noite.
Quando chega a
escuridão, os pequenos seres saem das profundezas da terra e dançam à
luz da lua. Os que observam normalmente são castigados com a cegueira.
O povo pequeno passam a
hora noturna com os seres humanos. Os gnomos e os espíritos da casa
começam a trabalhar na casa e no pátio. Um ditado popular fala: "Quando
à noite o espírito da casa fica com cara triste ou a Mulher dos Lamentos
começa a chorar, é que a morte está próxima."
À noite, o povo
selvagem descem das montanhas e se convertem num perigo para os humanos.
Os homens aquáticos, que ao meio-dia tomavam sol, mostram a noite seu
rosto diabólico e começam a buscar vítimas....
Em um dia caloroso,
te aconselho que te
detenhas e esperes.
Sinta como se estivesse
enfeitiçado por uma fada,
então te guiaremos para
o reino da magia.
Teu estado deve ser
harmonioso
para cantar uma canção
junto conosco.
Deixa-te cair em teu
ser,
então abrirás os
portais e nos deixará entrar.
Existe muitos momentos
em ti
para viver o contato
entre os dois mundos.
Quando já não cantam os
grilos,
o tempo aqui desaparece
e começa a mover-se de
forma distinta,
esse é o momento idôneo
para nos ver.
Momentos para
maravilhar-se, momentos pra surpreender-se.
O momento do verdadeiro
sussurro das fadas,
para o que existem
realmente muitas ocasiões;
deixa-te guiar pelo teu
sétimo sentido.
Estamos aqui, isto é
verdadeiro.
Depende de
ti...Acreditas?
Abrirás as portas de
teu coração
para nos receber?
Um, dois, três... e já
não estamos mais aqui.
Tu não entendes...foi
um sonho ou realmente aconteceu?
Esse encontro amplia
teu sentidos
teu entendimento aflora
e
tua voz interior fica
sintonizada.
Você sentiu os seres
naturais,
esse é o feitiço que
rodeia o momento.

Texto pesquisado e
desenvolvido por
ROSANE VOLPATTO


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