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MANTRAS E FESTIVIDADES HINDUS

 

   

MANTRAS, AS ORAÇÕES MÁGICAS

A voz "mantra" denominava originariamente a qualquer fragmento do "Veda" e mais tarde acabou equivalendo a uma fórmula invocatória. O conceito parte da noção de que existem propriedades mágicas inerentes nos sons. Esses sons ou vibrações ajudam a entrar em sintonia com o universo e contêm formas particulares do poder cósmico. Servem para livrar a mente da concentração do mundo material. Sua extensão pode variar desde uma sílaba a todo um hino.

Essa é a forma hindú de oração: uma invocação a um deus ou uma força da natureza, com o convencimento de que o mesmo som da oração terá um efeito sobre o universo. Não existe aqui meramente a crença de que o deus escutará a súplica e intervirá, mas sim de que terá efeito por si mesma. Por isso, a exata pronúncia é essencial, assim como o número de vezes que se repete e as condições externas em que tem lugar a invocação.

O essencial do mantra é que se supõe que produz uma transformação interna. Ajuda a mente para uma meditação mais profunda e a libertá-la de todo o tipo de pensamentos impuros, ou seja, os mantras servem para enfocar e sossegar a mente. Ao concentrar-se na repetição do som, todos os demais pensamentos se desvanecem pouco a pouco até que a mente fica clara e tranqüila.

Existem muitos mantras dos Vedas, como o seguinte:

OM NAMOH BHAGAVATE VASUDEVAYA KRISHNAS TU BHAGAVAN SVAYAM OM NAMOH NARAYANAH

O mantra mais conhecido e recomendado de todos é o famoso:


HARE KRISNA HARE KRISNA KRISNA KRISNA HARE HARE HARE RAMA HARE RAMA RAMA RAMA HARE HARE

Para que um mantra surta efeito, não é necessário entender o idioma do mantra. Só o som do mantra já atrai o efeito desejado.

Dentre todos os mantras, o principal é o OM ou AUM, o monosílabo sagrado, nome da divindade. É a sílaba mística que se emprega para invocações, afirmações, benções e consentimentos. Se chama também "pranava" e se considera o som primogênito, que se emprega ao começo de orações e dos livros sagrados. Está relacionado cada uma das letras componentes com a representação simbólica dos deuses da "Trimûrti" ou trindade hindu: Vishnu, Shiva e Brahma. Unidos os três formam um pictograma sobre o qual se acha um ponto sobre uma lua crescente que simboliza o Brahaman impessoal, o Senhor Supremo que reside nos três deuses.

Para facilitar a reza e contar as orações pronunciadas é comum o uso dos rosários ou mâlâ, com 108 contas.

PREPARANDO O ALTAR

O altar é nosso "céu espiritual", onde mantemos o contato direto com os Deuses e Deusas. Todos os altares na Índia são montados com esse objetivo. Para montá-los há alguns elementos básicos que devem estar sempre presentes em virtude de seu significado simbólico. São eles:

UM MANTO OU TOALHA: Todos os altares devem ter um manto ou uma toalha branca como símbolo de um plano diferente. Criamos um portal onde nossa conexão com as divindades torna-se pura e direta.

VELA: Representa o fogo divino, o poder criador, a obra mágica.

TAÇA DE CRISTAL: É o símbolo da abóbada celestial que atrai os espíritos protetores até nós.

FLORES: Devem de preferência serem brancas. Pode-se utilizar coloridas se fizerem parte de alguma oferenda especial. A flor possui uma lata vibração, portanto ela será sempre nossa oferenda e nosso presente aos Deuses.

IMAGENS: Com as imagens "sentamos" a divindade em nossa mesa ou nosso altar. É um convite celestial para que os Deuses se tornem presentes. Normalmente a imagem deve estar centrada no altar. Pode entretanto haver a representação de mais de uma Deusa ou Deus, que podem ser colocados nas laterais da divindade principal. Não há necessidade de ser uma escultura, mas podemos representá-los através de figuras, fotografias ou símbolos. Você pode e deve sempre personalizar seu altar.

PRATINHOS DE OFERENDAS: Se considera oferendas, o incenso, os potes com água, ervas aromáticas, moedas , essências, produtos alimentícios, etc. Porém há algumas representações básicas que devem estar presentes em um altar como: a água da generosidade, o fogo da luz, os carvões da força mental, ervas ou incenso como alimento espiritual e uma tigela ou alguidar com açúcar mascavo, canela, arroz ou lentilhas e açafrão em rama, como alimento físico. E, não esquecer de acrescentar um alguidar com terra e algumas moedas sobre ela, para que você sempre disponha de dinheiro suficiente para realizar as oferendas para as divindades.

INSTRUMENTOS MUSICAIS: Pode ser sinetas, sinos, manjiras (1 par de pequenos pratos de bronze, cujo papel é fornecer a pontuação rítmica), flautas, etc.

CORES: As cores possuem vibrações, são bonitas e conferem alegria ao altar. Podemos confeccionar uma trança com fitas das cores do arco-íris, que ao mesmo tempo representam os chacras, os planetas, os dias da semana, já que possuem as 7 cores.

AS OFERENDAS NOS TEMPLOS

As oferendas podem ser realizadas no altar das casas e nesse caso, podem inclusive serem personalizadas. Entretanto, para serem realizadas nos templos existem normas pré-estabelecidas para realizá-las.

Geralmente a cerimônia no templo e oficiada por um ou vários sacerdotes. Para se entrar, só se necessita estar descalço e estar devidamente vestido (sâri, para as mulheres e dhotî para os homens). Os devotos ao entrar tocam as campainhas ou sinos para indicar sua presença às divindades.

Outro costume relacionado com o templo é o de efetuar uma caminhada em círculo denominada de parikrama, que deve ser realizada no sentido horário. Quando essa caminhada é realizada em torno de algo de reduzidas dimensões recebe o nome de pradakshina.

A grande diferença dos templos hindus para outros lugares santos de outras religiões é sua inerente alegria. Nos templos hindus não impera o sentimento de excessivo respeito, próprio do budismo, nem a excessiva sobriedade da mesquita, nem o recolhimento da igreja cristã, onde o ruído é considerado um elemento perturbador. No templo hindu tudo são luzes, cores, música, ruídos, e comida. É a atividade da vida. O rito de acercamento ao Deus supõe respeito, porém não temor. Nada se ofende nem se irrita pela vitalidade das crianças, possam elas correrem ou gritarem. Não existe o silêncio, não se exige sobriedade nas cores das vestimentas, não se exige pontualidade, nem homogeneidade no rito. As pessoas podem rezar a qualquer hora e há total liberdade nessa maneira de chegar até a divindade.

FESTIVIDADES

Na Índia as celebrações ritualísticas ou "utsava" são muito observadas e o número de festividades religiosas anuais é muito alto. As épocas mais importantes são o período da primavera e do outono. Como cada festival está associado a uma divindade particular, se celebra em um dia que é especialmente auspicioso para esse deus.

Algumas das principais são as seguintes:

DASHAHARÂ (o décimo dia). É a culminação de nove noites de celebrações dedicadas a Deusa Parvati. Segundo a tradição, Rama (é um avatar do deus Vishnu, ou seja, uma de suas encarnações) as observou para conseguir vencer Ravana. A festa celebra essa vitória e se queimam publicamente efígies do demônio. É um momento muito propício para iniciar expedições militares. É uma festa especialmente importante para a casta dos guerreiros, que a celebram com todo esplendor, com desfiles de elefantes e cavalos.

RÂMANAVAMÎ (o nono dia de Rama). Uma festividade no dia do nascimento de Rma. Durante os oito dias que a precedem é costume efetuar a leitura em voz alta do Râmâyana, para esse fim se reúnem nos templos eruditos os sacerdotes, para contar ao povo, através de histórias os ensinamentos vishnuitas.

 

SHIVARÂTRI (a noite de Shiva). Uma festividade em honra a Shiva. É uma das três noites sagradas do Tantra e precede o dia de celebrações, fazendo-se nela um rigoroso jejum durante o dia e a noite. Há celebrações especiais em Chidambaram, Kalahasti, Khajuraho, Varanasi e Bombaim.

VAISHÂKHÎ (a lua cheia de Vaishâkha). O festival da colheita no mês de Vishâkha (26 de abril ao 25 de maio). Se celebra o início do ciclo agrícola, com grande quantidade de bailes, comidas campestres e enfeitando-se ruas e fachadas das casas. As modalidades da festividade e dos deuses venerados variam segundo as regiões, enquanto os banhos rituais em estanques e rios são um elemento comum a todas elas.

HOLÎ, O FESTIVAL DAS CORES

Essa é uma das festividades preferidas em toda a Índia, e também a mais antiga, uma celebração de caráter dionisíaco, onde se festeja a personalidade de Vishnu em sua encarnação como Krishna, enquanto as lendas sobre a origem da mesma são diversas. É uma exaltação da influência da primavera sobre a criação e as criaturas. É a última festividade do calendário hindu e tem lugar durante a lua cheia do mês de Phalguna (março)

O que distingue esta celebração eminentemente lúdica é o emprego da cor. As pessoas com pós coloridos (especialmente o vermelho, o denominado gulâla), seringas e pulverizadores cheios de água colorida, aspergem umas as outras, enquanto dançam e cantam canções muitas vezes com caráter erótico. Também é freqüente a realização de adornos florais e acender fogueiras que simbolizam a destruição do ano que se acaba. São realizados ainda, variedades de doces específicos para a ocasião. É costume visitar vizinhos e amigos ou parentes próximos. Essas celebrações não são realizadas no interior das casas, mas sim nos pátios, ruas, praças e locais de reunião.

É particularmente importante para a casta dos artesãos e é tradicional que se rompam todos os convencionalismos sociais que se observam durante o resto do ano, com um espírito dionísico e transgressor que permite liberar as tendências reprimidas. Seria como uma inversão das normas habituais.

 


KUMBHAMELÂ

 

A mais destacada das festas religiosas da índia é a denominada Kumbhamelâ (festival do vaso), um festival que se celebra a cada três anos nas cidades de Allahabâd, Haridvâra, Ujjainî e Nâsika. Cada doze anos tem lugar a chamada Mahâkumbhamelâ (grande festival do vaso), de maior importância, em Allahabâd, devido a confluência dos rios sagrados Ganges e Yamuna e onde um terceiro, o Saraswati, um rio invisível em cuja existência os hindus acreditam, entra diretamente do céu na confluência dos dois rios anteriores.

MITOLOGIA

De acordo com a mitologia hindu, os deuses e os demônios combateram um dia para a posse de um vaso que continha o amrit, néctar ou bebida sagrada. Vishnu, a divindade que sustenta o universo, teria roubado o vaso (kumbh) dos demônios, levando-o para o céu. Durante a luta, quatro gotas da bebida divina teriam caído na terra, em quatro lugares diferentes da Índia. Esses lugares, onde o divino encontrara o humano, são considerados lugares sagrados.

PURIFICAÇÃO

Em destaque está a imersão dos peregrinos na confluência dos rios Ganges e Yamuna, que segundo alguns hindus ortodoxos, fazer isso no tempo do Kumbhmela e no dia da lua nova, dá maior garantia de ter suas culpas lavadas e até pode garantir a salvação total, isto é, a liberdade de novas reencarnações depois da morte.

Sites para visitar:

http://www.time.com/time/photoessays/2007/kumbh_mela_multimedia/

http://www.surfindia.com/festivals/haridwar-kumbh-mela.html

http://www.archaeologyonline.net/artifacts/kumbha-mela.html

A NOITE DE SHIVA

Para a metade dos hindus, Shiva é o deus principal e mais reverenciado, por isso, sua festividade principal se converteu na mais importante do ano.

Dentre essas, a mais destacada é a de Mahâshivarâtri (A Grande Noite de Shiva), que se celebra no décimo quarto dia da quinzena escura (lua minguante) do mês Mâgha (fevereiro-março). Esse dia do mês é considerado pouco auspicioso, pois é o momento em que os demônios e os espíritos aparecem no nosso mundo, porém Shiva os domina e os controla e os devotos lhe agradecem com suas oferendas. A tradição hindu diz que durante esta noite Shiva se manifesta como um Linga ou Lingam.

A palavra Lingam (ou linga) significa "símbolo" ou "aquilo através do qual se pode ver outra coisa". O Shiva Lingam é uma das mais sutis representações de Deus conhecidas pela humanidade. Trata-se de uma pedra em formato de elipse (ovalada) que, tendo uma configuração “abstrata”, tanto pode representar o Absoluto sem forma, quanto o Senhor dotado de atributos. Na Índia, reverenciar o lingam é o mesmo que reverenciar a Shiva. Ele pode ser feito em qualquer material, embora o preferido seja o de pedra negra. Na falta de uma escultura, se constrói um lingam com a areia da praia ou do leito do rio; ou simplesmente se coloca em pé uma pedra ovalada.

Essa festividade simboliza a festa de casamento entre Shiva e Parvati, por isso, nesse dia as jovens solteiras rogam ao deus que lhes conceda um bom marido. Elas obedecem um rigoroso jejum durante o dia e a noite, em que se vela os templos e os lares. O jejum acaba com o consumo de frutas secas. No dia seguinte se elabora e se consome o "bahanga", uma bebida intoxicante feita com "Cannabis indica" e leite, que induz os devotos ao estado alterado de consciência que canaliza em regozijo pela festa de Shiva.

A FESTA DAS LUZES (Ano Novo Hindu)

A noite mais significativa do ano é a noite de Dîvâlî ou Diwalli (fileira de lamparinas ou luzes), em que se celebra uma das festas mais populares da índia e especialmente importante para os comerciantes. Nessa ocasião se reverencia a diversas divindades, principalmente Lakshmi, consorte do deus Vishnu e Deusa da Prosperidade e da Riqueza. Também o deus Ganesha é especialmente venerado neste dia.

A festa é realizada no décimo quinto dia da quinzena escura do mês Kârtika (21 de outubro a 18 de novembro), enquanto a série de festividades podem durar quatro ou cinco jornadas. Comemora-se a morte do demônio Narakâsura pelas mãos de Krishna e a libertação de dezesseis mil donzelas que ele tinha prisioneiras. Celebra-se também o regresso à cidade de Ayodhyâ do príncipe Rama depois de sua vitória contra Ravana, rei dos demônios. Segundo a lenda, os habitantes da cidade cobriram as muralhas e os telhados das casas com lamparinas para que Rama pudesse facilmente encontrar o caminho. Daí a tradição de se acender muitas luzes (lamparinas, fogos, etc.) durante a noite.

É típico dessa festa, portanto, a iluminação das casas com lamparinas de azeite, fogos de artifícios, banquetes e brincadeiras. É dia de dar esmolas aos pobres e entoar cantos ritualísticos. É momento de fazer limpeza em geral, repensar os afazeres do lar e decorá-lo para entrada do ano. Entre os costumes associados ao dia se incluem a adoração de moedas de prata para atrair riquezas, deixa-se nesta noite as janelas abertas das casas para que a Deusa Lakshmi encontre o caminho e favoreça a família. A Deusa favorece especialmente a reconciliação com os inimigos. É costume popular lançar barcos de papel ou lamparinas acesas no rio sagrado: quanto mais longe vão, maior será a felicidade no ano vindouro. Se elaboram uns desenhos chamados "manorâ" que são feitos nas paredes e adorados durante o festival. O festejo dura toda a noite e antes do nascer do sol acontece o ritual de lavar-se a cabeça. Esse simbolismo da festa consiste na necessidade do homem avançar até a luz da verdade desde a ignorância e infelicidade.

 

Leia mais no link: http://rosanevolpatto.com.br/deusalakshmi.html

Assista vídeo : http://blip.tv/file/92177

Texto pesquisado e desenvolvido por

ROSANE VOLPATTO

 

 

 

Links sobre mantras, vale a pena conferir:

http://www.lyndha.com/mantras/mantrasdx.htm

http://www.magnifica.com.br/mantras/mantras.asp

http://www.grandefraternidadebranca.com.br/mantras.htm

http://www.salves.com.br/mantras.htm

http://mantras.codigolibre.net/mantras/musicas.html

http://www.pedro.coelho.nom.br/mantrasbaixar.htm