REISADO

**REISADO OU FOLIA DE REIS**

  

 

O Reisado foi introduzido no Brasil-Colônia pelos portugueses no século XIX. É um espetáculo popular das festas de Natal e Reis, cuja ribalta é a praça pública, a rua, mas as vezes pode ser apresentado em residências.

 

Folia de Reis, ou Reisado, ou ainda Terno-de reis, constitui um dos mais originais folguedos folclóricos. É uma folia conhecida em Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo e, desde alguns anos, na Guanabara. No interior, é uma dança do período natalino em comemoração ao nascimento do Menino Jesus e em homenagem aos Reis Magos: Gaspar, Melchior e Baltazar, que levaram ouro, incenso e mira, que representam as três dimensões de Cristo (realeza, divindade e humanidade).

Esta festa tem sua origem primária na Festa do Sol Invencível, comemorada pelos romanos e depois adotada pelos egípcios. A festa romana era comemorada em 25 de dezembro (calendário gregoriano) e a egípcia em 6 de janeiro. No século III, ficou estabelecido que dia 25 de dezembro se festejaria o nascimento de Cristo e 6 de janeiro, dia dos Reis.

 A característica principal do reisado está no uso de muitos adereços, trajes com cores quentes e chapéus ricamente enfeitados com fitas coloridas e espelhinhos.

            

O reisado é composto de 4 a 6 mascarados que dão vida, hilaridade e rebuliço à brincadeira. Eles também devem proteger o Menino Jesus e confundir os soldados de Herodes. Acrobatas e declamadores, representam os soldados perseguidores do Menino. O reisado tem ainda: rei, mestre-sala, alferes, a burrinha, o boi, o Jaraquá, a arara, o caipora, a ema, etc. Muitos outros personagens podem aparecer, dependendo da região em que esta festa é realizada. Todos acompanham uma bandeira, estandarte da folia, um quadrado de madeira com a Adoração dos Magos, ornamentada com flores e espelhos, carregada pelo alferes.

Uma orquestra de violas, banjos, violões, zabumba, triângulo, pandeiros, maracás e sanfonas pulsam na regularidade de um organismo. Seus acordes servem de orientação as vozes e ordenam a evolução do espetáculo. O tempo da toada é circular, um convite ao desprendimento mundano e a busca de uma aliança com o divino. A paleta acorda o cavaquinho para ressoar um som que deve agradar o ouvido dos santos. A história narrada por intermédio de cantos são contadas por um solista e um corro responde a ele uníssono por repetidas vezes. Os cânticos de chegada e de despedida, são os mais belos da música folclórica nordestina:

"Bateu asa e canto o galo
Meia-noite deu sinal
Acendeu mais ume vela
Hoje é noite da natal
etc.

Boa-noite, boa-noite
Boa-noite eu lhe desejo
Sou filho do Padre Eterno
Devoto da Mãe da Deus

Vinte e cinco de dezembro
Reza-se e ladainha
Pra tomar café com bolo
E comer arroz com galinha".

 

Todos os integrantes da Folia de Reis, interpretam e contam suas histórias, tanto serpenteando as estradas no interior, como as praças urbanas. Esta é uma expressão máxima de religiosidade e devoção.

            

O bando de foliões ainda, na região rural, batem de porta em porta brindando os amigos com sua energia e contagiante alegria, além do espetáculo, é claro, que se constitui de uma peça teatral cantada, com entremeios cômicos. Depois, os integrantes do reisado, em uma onda desordenada, vão espraiando-se pelas ruas. Na desordem deste delirante entusiasmo, vislumbra-se uma alegria carnavalesca. É um espetáculo excitante!

 

Versões mais modernizadas do reisado, acrescentam novas figuras ao seu culto secular.

Reza um costume, que no Dia de Reis, deve-se escrever o nome dos três reis magos em um pedaço de papel branco e colocá-lo na porta de entrada da casa, para que haja durante todo ano, fartura, saúde e felicidade. O Dia de Reis também é conhecido como o Dia de Gratidão.

 

O Ciclo do Natal, também tem as suas características sugestivas, inconfundíveis, no extremo norte do Brasil. Assim é que, no período que decorre entre 24 de dezembro a 6 de janeiro, assiste-se na região paraense à curiosa representação dos autos pastoris, que precedem a tradicional "queima das palhinhas". Passado o "Dia de Reis", as pastoras recolhiam os objetos e juntavam as palhas da manjedoura para queimá-las. Daí, desta louvação, sentiu-se a necessidade de dramatizar.

Em Belém, capital do Pará, desde os primeiros dias de dezembro, os grupos pastoris começam a formar-se, depois de uma escolha cuidadosa para a formação de seus elencos em que entram as crianças que melhores aptidões revelem, procede-se então, entusiasticamente os ensaios, à preparação da vistosa indumentária e a construção de cenários, garridos, para que brilhem e satisfaçam a curiosidade dos milhares de assistentes que encherão os barracões e teatros onde os autos serão representados.

 

FOLIA DE REIS EM SÃO PAULO

 

Na parte noroeste do Estado de São Paulo, são muito comuns os grupos de Reis.

Em Votuporanga, as Folias de Reis saem da casa do festeiro no dia 25 de dezembro. Antes, já "trataram o giro", ou seja, o acerto do roteiro do grupo. Começando no Natal, os "foliões" cantam até 3 ou 4 de janeiro, para descansar dia 5. Em 6 de janeiro, dia de Reis, estão de volta à casa dos festeiros, que se acha enfeitada com arcos de bambu, assim como a própria rua ou local onde ela se encontra: é a chegada dos Reis.

Próximo da entrada da casa, o casal de festeiros (também chamados "rei" e "rainha") recebe a bandeira levada pela "Companhia de Reis", entram e, frente a um altar, "rezam todos os terço". Completadas as cantorias de tema religioso e completada a reza, vem a confraternização, a festa. à noite se faz também a "passagem das coroas" que são exclusivas do "rei" e da "rainha". Em geral, o casal de festeiros já sabe qual será o casal que se encarregará de promover a festa nos próximos anos, porém se costuma fazer uma espécie de brincadeira, colocando as coroas na cabeça de várias pessoas, e lamentando não servir em nenhuma, até chegar ao casal previamente escolhido, e esses surgem como eleitos. É costume que o novo casal se comprometa a patrocinar a festa dos Santos Reis nos próximos sete anos, mas sem obrigatoriedade de começar logo no ano seguinte.

 

A bandeira conduzida pelo grupo é alvo de muito respeito. É feita de tecido comum, onde se pinta uma alegoria aos Reis Magos. Além do tecido, há o mastro e algumas fitas. Durante o "giro", o mestre da Folia de Reis não pode abandonar a bandeira.

"Folião" é todo o participante de uma "Companhia de Reis", "Terno de Reis", "Folia da Reis". No "giro", ao se aproximar de uma casa ou propriedade, um dos palhaços pede licença ao dono para cantar os Santos Reis:

-"Dá licença, patrão?"

É prática cantar de pé; só ajoelham quando estão rezando o terço (e nesses momentos os palhaços tiram as máscaras) e também quando estão cantando em lembrança de pessoa falecida.

 

ELEMENTOS DO GRUPO

GERENTE – Porta-voz e administrador da Companhia . Autoridade máxima , se responsabiliza pelo dinheiro arrecadado e presta contas do mesmo . Pode ou não pertencer ao elemento coreográfico e musical da Folia .

MESTRE OU EMBAIXADOR (COM VIOLA)- É o cantador dos versos . Cantam a história bíblica da visita dos Reis Magos à Gruta de Belém .

BANDEREIRO (ALFERES) – É aquele que leva a bandeira . Existe o titular , pois qualquer pessoa pode , eventualmente , exercer a função cumprindo uma promessa ou devoção . A bandeira é o ícone da Fé dos foliões . O bandereiro encabeça o cortejo e ninguém deverá ultrapassa-lo . Ele é a autoridade espiritual e sempre é uma pessoa muito respeitada na comunidade .

 

DOIS PALHAÇOS – São os guarda da Companhia As suas momices e caricaturas têm a intenção representativa de desviar a atenção dos soldados do rei Herodes da pessoa do Menino Jesus. Movimenta-se livremente , porém nunca deverá passar a linha do bandereiro .

Joaquim Neves explica a presença dos palhaços na Folia de Reis:

"Quando os Reis viram e estrela, já estava anunciando que quando aparecesse a estrela seria o nascimento de Cristo, então eles foram à procura do Rei Messias. Chegando na Judéia foram encontrar com Herodes, a estrela desapareceu. Conversando com Herodes, e perguntaram sobre o Menino, mas ele disse que não sabia, que se achassem o Menino, que o avisassem que ele iria visitá-lo. E para os Reis serem salvaguardados, mandou dois soldados junto. Mas os soldados (era para matarem o Menino) não viram nada, porque a estrela desapareceu. Depois, os Reis já guiados pelo anjo resolveram voltar por outro caminho, e daí os soldados perceberam que se voltassem para Herodes sem ter encontrado o Menino iam ser degolados; então, viram que era melhor ir junto com os Reis, e seguiram com eles, acreditando também em Jesus."

 

A presença dos palhaços portanto, tem fundo religioso, a conversão dos soldados de Herodes, o que aliás é comum nas Folias de Reis de outras regiões; entretanto, a despeito da conscientização do aspecto religioso, sua participação na maioria das vezes é humorística ou pelo menos alegre. E Joaquim Neves acrescenta:

"O palhaço é um pidão por excelência. Quando o grupo chega numa casa, já vão os palhaços pedindo tudo: uma abóbora que está guardada num canto, fósforos, réstia de alho, uma galinha...O dono da casa, que não vai muito na lábia deles, em troca e também como condição para atender os pedidos, pode exigir que os dois façam alguma coisa, por exemplo, uma briga entre gato e cachorro, e assim começa o divertimento dos palhaços. Em geral, os palhaços sabem cantar versos humorísticos, chamados décimas."

Quanto ao Mestre ou Embaixador, tem origem no fato de que a primeira parte de algumas cantorias é ele quem faz, em solo, sendo esses versos iniciais chamados de "embaixada". Depois dessa inicial, "puxada" pelo embaixador, o restante da cantoria é feito pelo contra-mestre e os demais participantes (excetuando-se os que têm função apenas instrumental), e a isso se diz "responder", completando assim a estrofe. No final de cada estrofe, há um canto prolongado, feito pelo "quinta voz" (que pode ser um menino, de voz aguda).

 

Como o próprio nome indica, o mestre ou embaixador, tem que saber os versos tradicionais e também saber improvisar outros, além de ser o responsável pelo grupo e pela maior parte das decisões (ele é um líder). Além dos versos de tema religioso, o mestre para ser bom deve saber improvisar sobre qualquer ocasião ou acontecimento comum, esperado ou inesperado. Quando chegam a uma casa onde está montado o presépio, é obrigatória a cantoria da anunciação do nascimento de Jesus, frente à representação popular da cena bíblica. Depois de "feita a obrigação", isto é, cantados os versos de fundo religioso, o mestre pode começar a improvisar, sobre temas religiosos ou não.

Quando alguém pede para cantar em lembrança de determinada pessoa já falecida, o ritmo é bem lento, as caixas não batem, nem o triângulo e nem o pandeiro; portanto, só funcionam os instrumentos de corda. Os palhaços tiram as máscaras e se ajoelham, cruzando os facões, ficando próximos de quem fez o pedido da cantoria. A esta pessoa, ajoelhada, se entrega a bandeira, segurada com todo o respeito. Terminada a cantoria, em geral é dada uma oferta em dinheiro, porém não é costume entregá-la em mãos: o ofertante coloca a quantia no chão, e depois o mestre determina aos palhaços que a recolham. Eles não recolhem com as mãos, mas usando o facão, com o qual apanham o dinheiro e o guarda na sacola (também chamada picuá ou embornal), onde são guardadas também outras coisas entregues a esses dois participantes.

Ao iniciar o "giro", a bandeira da Folia de Reis tem apenas uma ou duas fitas pendendo do topo, além do tecido onde está pintada uma ilustração dos três Reis Magos. No fim do "giro", há inúmeras fitas, fotografias presas com alfinetes, papéis escritos, etc., são promessas que foram pagas. Algumas pessoas preferem "trocar enfeites" da bandeira: colocam uma fita nova e retiram outra que já está na bandeira, a qual será guardada em casa, é bom para prevenir males.

A religiosidade popular que cerca a Folia de Reis é marcada inclusive por promessas feitas por casais no sentido de destinar um filho "para ser afilhado dos Santos Reis". Quando o grupo chega a uma casa a uma casa cuja família tem uma criança assim "reservada", o mestre, devidamente avisado, puxa uma cantoria e a criança passa a ser afilhada dos Santos Reis

Nesse "batismo, cantam assim:

 

Em nome de Deus pedimos

Que tu sejas batizado

Os três Reis são os padrinhos

Que recebem o afilhado

 

Sua promessa está cumprida

Os três Reis estão presentes

Seu filho será guiado

Pelos Magos do Oriente".

 

 

 

SUPERSTIÇÕES E CRENDICES:

 

 O "giro" de uma Companhia de Reis não faz cruzamento de rota, isto é, não cruzam por uma caminho já trilhado, dá azar.

 

 Na andanças pelos locais programados, não passam por baixo de varal de roupa, dá azar.

 

Se precisarem atravessar uma cerca de arame, não passam os instrumentos por baixo da cerca, eles perdem o som.

 

 Se durante o "giro" precisarem consertar ou manter em ordem os instrumentos, têm o cuidado de não deixar no local nenhum resto de material usado nem do próprio instrumentos (por exemplo, pedaços de corda da viola), alguém pode empregar esses restos para fazer algum mal.

 

REISADO EM SANTA CATARINA

 

Os três reis magos, nunca tiveram grandes homenagens na terra catarinense. Os ternos que se organizam e que ainda se organizam em Santa Catarina estão longe de se parecer com os de que fala a tradição da Bahia. Entretanto, tem festa dos Reis que ainda constitui um agradável motivo de diversão.

De 25 de dezembro a 6 de janeiro eram encontrados ternos não somente na ilha de Santa Catarina mas também em toda a zona litorânea onde a influência da cultura lusa se faz presente. Em Laguna, Imaruí, São Francisco, Itajaí, Santo Amaro e tantos outros municípios reverenciava-se o nascimento de Jesus com afinados ternos-de-reis. Algumas vezes, entretanto, os grupos tinham somente elementos masculinos, havendo entre os cantores os que imitavam vozes femininas. Para melhor cumprir com a missão era preciso se "esquentar" antes. Assim, entre "umas e outras", terminavam todos com espírito para lá de "alegre".

 

Na simplicidade das suas cantorias, acompanhadas dos tradicionais tocadores de viola, acordeon, gaita, tambor e outros instrumentos, caminhavam aos encontro de casas amigas, nas quais as ofertas mais generosas faziam a alegria dos que religiosamente cumpriam a sua missão.

Em 1950, em Itajaí, Elisiário Pereira registrou:

"Até alguns anos atrás eram comuns, em Itajaí, as cantigas dos Santos Reis. Ultimamente, porém, já sem brilho de outras épocas, retraiu-se esta tradição para os bairros mais pobres da cidade. À frente dos que cantavam, e dos curiosos, vinha um número mais ou menos grande de meninas, com seus vestidinhos domingueiros. Cada uma trazia uma lanterna de papel e eram as primeiras a bater nas casas escolhidas pelos cantadores."

 

Os ternos-de-reis, ainda na época atual, se compõe de quatro a oito cantadores, raramente acompanhados de algum instrumento, apenas gaita, violão e pandeiros. A maioria se atém à cantoria e às vezes o próprio aspecto religioso se torna insignificante, dada a simplicidade das apresentações. A maioria dos cantadores, que são os chamadores das cantorias, são poetas repentistas, que versificam com muita espontaneidade, improvisando os versos conforme as situações que se vão criando, com riqueza e simplicidade, refletindo o romantismo do nosso povo.

 

Além de um ou outro terno de adultos ainda encontrados em Florianópolis, principalmente no interior da ilha e nos municípios próximos à capital (São José, Biguaçu, Santo Amaro e outros), ainda existem os ternos de crianças. Não que essas crianças o façam por devoção, ou em lembrança do nascimento de Jesus, mas unicamente porque descobriram neste um meio de arrecadar uns dinheirinhos extras. Vários desses ternos, compostos por meninas e meninos que não vão além de 12 anos, percorrem as ruas batendo de casa em casa:

-"Moço quer que cante o terno?

O preço é baratinho!

Deixa, moça, deixa a gente cantar!", e dão início ao som dos únicos instrumentos que possuem, pandeiro e reco-reco feitos às pressas para a brincadeira.

 

A par dos autos, escritos a preceito e com música delicada de acordo com o motivo religioso que celebra, por poetas, escritores e compositores, nas casas particulares, igrejas e vários estabelecimentos públicos, erguem-se os presépios com toda a sua figuração ingênua, mais ou menos suntuosos. Tudo isso a recordar bastante Portugal e como a marca indelével que ali ficou de seus costumes e de sua fé.

Registra Almir Martins (em seu livro “Romanceiro Açoriano”), parte de uma cantoria de reis popularizada na Ilha de Santa Catarina:

Terno de Reis

  

I

Ó de casa nobre gente

Acordais e ouvireis

Lá das bandas do oriente

Ta chegando o Santos Reis

II

O Nosso Terno de Reis

É uma tradição Divina

De origem açoriana

No folclore catarina

III

Aqui estamos em vossa porta

De baixo do seu beirado

Venha nos abrir a porta

Se tiver do seu agrado.

IV

Obrigado Dono da casa

Pela vossa acolhida

Pelo vosso alimento

E Por essa santa bebida.

V

Menino Jesus nasceu

Viemos anunciar

Com o nosso terno de Reis

Pra família se alegrar.

VI

O nosso Terno de Reis

Agora vai viajar

Pra chegar em seu destino

Antes do galo cantar

 

TERNO DE REIS NO RIO GRANDE DO SUL

 

CHEGADA:

Agora mesmo chegamos
Na beira de seu terreiro
Para tocar e cantar
Licença peço primeiro

Meu senhor dono da casa
Acordai se estais sonhando
Venha ver os Três Reis Magos,
No seu rancho estão chegando.



ENTRADA:

Porta aberta, luz acesa
Sinal de muita alegria
Entra eu, entra meu terno
Entra toda a companhia.



LOUVAÇÃO

Meu senhor dono da casa
Escute que está bem visto
Nós vimos trazer notícias
Do nascimento de Cristo.

Nós andamos a caminhar
Num assunto tão profundo
Jesus Cristo está nascido
Para dar exemplo ao mundo.

A estrela que nos guia
É que dá o esplendor.
Jesus Cristo está nascido
Filho de Nosso Senhor.

Melchior, Baltazar, Gaspar
Trazendo ouro, mirra, incenso
Ao rei que vão adorar
Porque tem prestígio imenso.



AGRADECIMENTO

Obrigado pela oferta
Dada tão alegremente
Jesus Cristo lhe ajude
E seus Reis lhe acrescente.



DESPEDIDAS

Vamos dar a despedida
Como deu Cristo em Belém
Este Terno se despede
Até o Ano que vem.

Avante, cavaleiro mirim!
Em frente, veterano peão!
Lado a Lado prenda e prendinha.
Todos juntos dando a mão.
Avante , seguindo os avós!
Em frente seguindo os piás
Coisa linda é se ver gerações
Convivendo em santa paz.
E dá uma gana de sair dançando,
Ou gritando com força juvenil:
“Viva a Tradição Gaúcha
- dos campeiros do Brasil!”

Texto pesquisado e desenvolvido por

 

Rosane Volpatto

 

Bibliografia consultada

Folclore Catarinense - Doralécio Soares; Editora da UFSC; Florianópolis, 2002

Folclore Paulista - Américo Pellegrini Filho

Côrtes J.C. Paixão; Natal Gaúcho e os Santos Reses;

Jornal Tradição Novembro/2000 Pág. especial Tradição, folclore e cultura gaúcha na escola.