MAPINGUARI
 
 

MAPINGUARI

 

O Mapinguari é o ser feérico da selva Amazônica. Uma das versões o aproximam ao abominável homem das neves. Garimpeiros, seringueiros e indígenas que garantem tê-lo visto falam de um grande macaco com boca na barriga e que emite um cheiro insuportável. Dizem também que a boca do Mapinguari é algo descomunal; tão grande que não termina no queixo, como a dos homens, mas na barriga. A pele dessa figura mitológica é descrita como parecida ao couro dos jacarés e ele tem nas costas uma espécie de armadura que se parece com um casco de tartaruga. Também é conhecido pelos nomes de mão de pilão, pé de garrafa e juma.
 

Fala-se até mesmo na sua existência material. Um cientista da Universidade de Harvard, o biólogo David Oren, garante que o Mapinguari é uma espécie de preguiça pré-histórica gigante, supostamente extinta há alguns milhares de anos, mas teria sobrevivido oculto na selva Amazônica.

Já outros, acreditam que o monstro era, na realidade, um velho pajé que, por uma maldição, ficou condenado a viver sob a forma de Mapinguari para toda a eternidade, vagando a esmo pelas selvas. 

O Mapinguari, segundo informações jornalísticas, teria devorado vários indígenas no estado do Acre nos anos 80. Segundo alguns cronistas, o mapinguari se alimenta apenas da cabeça das pessoas que encontra; segundo outros, devora-as por inteiro, arrancando-lhes grandes pedaços de carne, ou agarrando-as, prendendo-as debaixo do braço, depois metendo-lhes a cabeça na imensa bocarra, mastigando-as como se masca fumo.

Outra descrição, mostra a criatura com pele semelhante à do jacaré e os pés idênticos aos de um fundo de garrafa. Conta-se a história de um seringueiro que um dia topou com o ser. Ele encontrava-se num planalto onde as águas se dividiam, em plena mata virgem, quando ouviu um grito, depois outro e mais outro, como se alguém por ali estivesse perdido. Procurou então andar de encontro a voz, que acreditava ser de um outro homem que em idênticas condições às suas, viera parar naquele ermo. De repente, avistou um vulto, que não pode distinguir devido ao emaranhado de cipós que ficava na sua frente. O monstro já vinha no faro e não contente com o seu achado solta um novo grito, que foi um como revirar de árvores gigantescas para o seringueiro que esperava um outro homem e não um animal daquele gênero e que lhe era totalmente desconhecido.

O homem, com uma coragem extraordinária, pôs bala na agulha do rifle, fez pontaria certeira, atirou sobre o vulto que uma hora lhe parecia um jacaré (tendo pernas e braços) e outra lhe parecia um índio velho, cheio de tatuagens, só deixando de atirar quando não havia mais balas. Os projéteis não surtiram nenhum efeito e o seringueiro desapareceu com os pés em polvorosa. Porém, em outra ocasião, o mesmo seringueiro descobriu o ponto frágil da criatura: a sua boca, o seu grande umbigo. Um disparo nesta zona é fatal para o Mapinguari.

Ao contrário das outras visagens, o Mapinguari ataca mais durante o dia do que à noite. E há também os que dizem que o Mapinguari só aparece em dias santos.

Na região amazônica, dizem que existe apenas um Mapinguari, morando no igarapé do Papagaio. Os caçadores, cortadores de madeiras e coletores de leite de maçaranduba ou copaíba, preferem seguir viagem do que pernoitar no lugar. É um dos poucos igarapés não trabalhados pelas turmas extrativistas. 

                  

O Mapinguari povoa a imaginação do habitante simples da Amazônia. Sua lenda é contada por Hugolino de Mendonça em "Letras Brasileiras" de abril de 1945, trazendo à nossa luz os pavores do pobre e destemido seringueiro Pedro Primo que acaba por enlouquecer, depois de uma luta com o fantástico bicho orangotango monstruoso.

A crença da existência de grandes macacos pré-históricos, fez surgir um grupo especial de pesquisadores e aventureiros, os Criptozoólogos, que percorrem o mundo investigando relatos que possam levá-los a comprovação destes seres fantásticos.

Uma criatura semelhante ao Mapinguari foi avistada centenas de vezes nos EUA e Canadá (muitas vezes no Noroeste) desde o século 19. Uma criatura semelhante a macaco presumivelmente avistada centenas de vezes nos EUA e Canadá (muitas vezes no Noroeste) desde o século 19. Do mesmo modo o Yeti na Asia ou o Abominável Homem das Neves, o Bigfoot é descrito com a altura de 2-3 m e pesando mais de 200 kg, com pegadas de 43 cm de comprimento. A maior parte dos cientistas negam a existência de tal criatura.

O HOMEM-ANIMAL

A passagem do animal para o homem é tida como uma evolução irreversível. As hibridações com os símios, por exemplo, são consideradas impossíveis pela disparidade genética. O homem possui quarenta e seis cromossomos e o chimpanzé tem quarenta e oito, além disso a estrutura do cromossomo é diferente. Tentativas de hibridação foram feitas na ex-URSS por volta de 1930 e mais recentemente na China e EUA. Nestes dois últimos países foram obtidos embriões. Atualmente, desiludidos de conseguir homens-símios por via de regra ou por inseminação artificial, os cientistas tentam consegui-los por fusão de células embrionárias (com esse método é que foi criado o carneiro-cabra).

Macacos falantes que se assemelham aos homens, por enquanto, só no "Planeta dos Macacos", filme de ficção científica que já circula pelas TVs à cabo do país.

Texto pesquisado e desenvolvido por

ROSANE VOLPATTO

 

 

Bibliografia consultada

O Simbolismo Animal - Jean-Paul Rocnecker

Lendas e Mitos da Amazônia - Franz Kreuther Pereira