AS AMAZONAS - (Icamiabas)

Em torno de 400 a 600 anos
atrás, existiu na região Amazônica, próximo às cabeceiras do rio Jamundá, um
reino formado somente de mulheres guerreiras, conhecidas como Icamiabas, isto
é, mulheres sem homens ou ainda mulheres sem maridos e, uma terceira
interpretação, mulheres escondidas dos homens.. Mas há outra designação,
também encontrada no rico folclore sobre elas, que as chama de Cunhã-teco-ima,
o que quer dizer mulheres à margem da lei ou sem lei.
Elas
viviam completamente isoladas, só mantendo contatos esporádicos com homens.
Em certas épocas do ano estas
mulheres belas e guerreiras celebravam suas vitórias sobre o sexo oposto. Neste
dia, uma grande festividade era organizada e elas desciam do monte onde viviam
até o lago sagrado denominado "Yaci Uarua" (Espelho da Lua).
Durante à noite, quando a Lua
deitava sobre o espelho da água, as Amazonas mergulhavam nela com seus corpos
fortes e morenos. Após este ritual de purificação e limpeza, estas deusas da Lua
clamavam pela Mãe do Muiraquitã. Os estudiosos folcloristas identificaram esta
entidade como uma fada, mas ela também cabe na classificação de Grande Mãe das
Pedras Verdes. Era ela que entregava a cada uma daquelas mulheres uma pedra da
cor verde (jade), denominada de "Muiraquitã", onde encontravam-se esculpidos
estranhos símbolos. Receberiam-nos ainda moles, porém, logo que saíam da água
eles endureciam. Segundo os índios Uaboí, os amuletos eram vivos e para
apanhá-los, as índias feriam-se e deixavam cair uma gota de sangue sobre o tipo
que queriam. Isso feito, o animal morria e elas se atiravam na água para
buscá-los.

Cada nativa trazia em seu pescoço
seu talismã propiciatório de proteção material e espiritual. Mas elas também os
presenteavam àqueles que seriam os futuros pais de seus filhos. Estes homens
eram selecionados para fecundá-las e depois eram mantidas vivas as meninas, que
mantinham a continuidade da casta matriarcal das mulheres guerreiras.
As Amazonas foram vistas pela
primeira vez pelo padre espanhol Gaspar de Carvajal, cronista da expedição de
Francisco de Orellana. Tal encontro ocorreu no lugar exato onde o rio Negro
encontra-se com o Amazonas e não foi muito atraente a estada para estes
exploradores. Ao chegarem a aldeia das índias, constataram que no centro de uma
praça erigia-se um ídolo, que era o símbolo de uma poderosa Senhora, Rainha de
uma grande nação de mulheres guerreiras. Uma dúzia de guerreiras investiram
contra os espanhóis e tiraram a vida de vários indígenas que os acompanhavam.
Carvajal as descrevia como sendo mulheres altas, belas, fortes, de longos
cabelos negros, tez clara e que andavam totalmente despidas, com arcos e flechas
e guerreavam como dez índios.
Esta descrição nos remete à um
coração de uma caçadora também solitária, Ártemis. Estas mulheres índias
representam o arquétipo mais puro e primitivo da feminilidade. Foram deusas
nativas que santificavam a solidão, a vida natural e primitiva a qual todos nós
podemos retornar quando acharmos necessário a busca de nós mesmos. Como Ártemis,
elas possuem um amor intenso pela liberdade, pela independência e pela
autonomia. Um amor que pode transparecer como agressão, pois elas sempre irão
lutar para preservar sua liberdade.

AS ICAMIABAS E ORELLANA (A LENDA)

Havia já muitas mãos de lua que se prolongava aquela
fugida pasmosa pelo rio abaixo, saltando cachoeiras, cortando vales, vendo
igarapés, esmagado pela aventura teatral da viagem.
Se ele soubesse, de certo não teria cometido contra
Pizarro, seu protetor e amigo, a perfídia que o riscara da confiança merecida
por tanto tempo ao espírito do caudilho.
Enfim, o que estava feito não tinha mais remédio.
O melhor era afrontar os perigos daquela travessia
acidentada e bárbara, a ver qualquer coisa de dramático naquela dificílima
excursão.
Dominado por esse pensamento, D. Francisco de
Orellana, de posse da barca famosa cujo comando lhe fora confiado por Gonçalo
Pizarro, desembocou num grande rio de que ninguém até então lhe dera notícias.
Sua expectativa era agora excedida pelo formidável
painel hídrico que se lhe deparava.
Agora, sim via-se senhor de um descobrimento e tinha
a revelação de um verdadeiro e novo mar.

Absorvido pelas idéias grandiosas que o empolgavam,
o famoso explorador não dormia, contemplando como um enamorado aquele lençol de
água desconhecido dos cartógrafos e que parecia uma dádiva da providência à sua
delirante ambição.
Muitas horas ficou assim, contemplativo e subjugado,
a admirar o próprio isolamento, cercado pelo céu e pelo mar de água doce.
Afinal, exausto de distender a vista por aquela
extensão indefinida, foi pouco a pouco adormecendo na fadiga e no amolecimento
natural do solitário.
E o romance começou a aparecer...
Aproximando-se de uma das margens do rio, o caudilho
viu-se de repente cercado por um bando de mulheres novas e lindas, arrojadas e
fortes, em tudo iguais àquelas de que havia memória na Ásia e na África e de que
estava cheia a história mítica dos gregos.
Lembravam a imagem das criaturas aladas que
comprimiam e queimavam o seio direito, a fim de atirarem com arco mais
facilmente, e que se perpetuavam por um comércio calculado e astucioso com os
homens dos países vizinhos, devolvendo-lhes depois os filhos varões.
Vinam defender naturalmente aquele vale ameaçado
pelo olho cobiçoso do estrangeiro.
E o ardente e imaginoso espanhol, reunindo todas as
forças de que dispunha, pôs-se a combater a tribo das icamiabas, distribuindo
estocadas aqui e ali, ferindo, amedrontando e conseguindo, depois de muita luta,
dispersar a valente legião feminina.
Mas quanto não lhe custara em sacrifício e coragem o
arriscado e duvidoso duelo!
A manhã vermelha, lastrando de claridade o espaço e
as águas sacudiu num estremecimento o famoso explorador.

Abrindo os olhos, ele viu novamente a extensão verde
das margens e hesitava entre o sonho e a realidade do combate.
Chegando ao vale, povoado de cabildas e ranchos,
começo a indagar, aqui e ali se tinham visto passar um bando de mulheres
guerreiras, com as as quais houvera batalhado arduamente na noite anterior.
Fazendo-se entender, indagava deles se não tinham
visto, em seu galope romanesco, o bando das icamiabas.
E a gente rústica, ora duvidando do juízo e da
pergunta desse imaginativo turbulento, ora levada pelo próprio amor ao
maravilhoso, respondia-lhe com ironia ou com deslumbramento:
-Sim, passou por aqui de madrugada.
-Sim, encaminhou-se para o lado das cabeceiras.
E ainda:
-Subiu a serra de Patituna.
-Está em Jaciuaruá.
-Foi para as cabeceiras do Jamundá.
E assim, na controvertida informação dos nativos,
deslumbrados ou divertidos com as perguntas do explorador, adquiriu Orellana a
certeza de ter visto e de ter combatido o bando de mulheres guerreiras e de lhes
ter dado seguríssima peleja.
Anunciou por todo o vale a presença daquelas
heroínas que dormiam no fundo dos lagos, escaldando a imaginação dos mestiços
com a notícia da legião aguerrida.
Enfeitiçados pela sugestiva façanha, o povo da
região também começou a vê-las, a segui-las, a invocá-las, e, para autenticarem
o sonho de Orellana, puseram-lhe o friso da tradição nativa, adornando a
fantasia do viajante com uma pedra verde, úmida e lendária que seus avós
encontraram no peito inquieto dos rios...

O ÓDIO DAS AMAZONAS

O que acarretou o isolamento das Amazonas e seu
generalizado desejo de vingança contra os homens?
As Amazonas surgiram, justamente em um período de
transição, em que o matriarcado, ou seja, um governo de mulheres, acabou sendo
substituído pelo patriarcado. Essa tese está comprovada com o surgimento da
"Casa dos Homens" e a realização da Grande Festa do Jurupari.
Muitas são as lendas e mitos que fazem referências ao
antigo poder das mulheres e colocam a questão da transferência desse poder como
uma luta, a qual o homem venceu e desde então, passou a tiranizar a mulher. A
grande possibilidade é que, as mulheres que conseguiram sobreviver a essa luta,
se retiraram para outras regiões, formando "reinos" por elas governados, aos
quais, muitas tribos deveriam prestar tributos quando necessitassem cruzar seus
territórios.

O MÍTICO JURUPARI E AS AMAZONAS

Jurupari foi o herói mítico criado pelos homens para
explicar e justificar as duras leis aplicadas às mulheres, que ficaram relegadas
a uma total situação de inferioridade.
Ele veio do céu e é o Coaraci Raia, o Filho do Sol, um
equivalente ao "filho do Deus Sol", cuja intervenção se faz de forma direta às
mulheres, retirando-lhes todo o poder.
A realização da grande Festa do Jurupari, onde não era
permitida a participação feminina, foi uma das maiores causas para agravar as
diferenças nas relações entre homens e mulheres. O objetivo da festa não era
outro senão intimidar e despertar uma atitude mais passiva e submissa do
mulherio, para maior tranqüilidade dos homens.

Existe uma lenda que diz assim:
"No princípio, após a morte do filho da virgem, eram
as mulheres que tocavam paxiúba (instrumentos de sopro) e vestiam as máscaras.
Mas este tinha, sem dúvida, as suas razões para não amar as mulheres. Um dia
desceu do céu e perseguiu uma delas, que tinha a máscara e as paxiúbas. Ela
parou para urinar e depois lavar-se. Jurupari afinal à alcançou.
Deitou-a sobre a pedra, violou-a e tirou-lhe as
paxiúbas e a mácara. Desde esta época, as mulheres não devem ver as máscaras,
sob pena de morte, e Jurupari instituiu definitivamente a Casa dos Homens e a
Festa dos Homens."

As Amazonas seriam então, um resquício vivo, da rebelião
das mulheres, que não submeteram a nova ordem social imposta herói mítico
Jurupari, que introduzia o predomínio do homem sobre a mulher.
Portanto, podemos afirmar, que na Amazônia, em tempos ainda
não totalmente determinados, imperava o matriarcado, mas as mulheres acabaram
perdendo seu poder e Jurupari instituiu novas leis. Não conformadas com tais
ditames, por diversas vezes deve ter havido a tentativa de retomada desse poder.
Como não foi alcançado o objetivo e em vista da forte repressão feita pelos
homens, fugiram e foram construir tribos onde viviam sós.
As tentativas dos homens de dominar tais
comunidades, por certo devem ter ocorrido. Daí a belicosidade das mulheres, que
estabeleceram um grande poder para se defenderem.
É interessante acrescentar, que mesmo na lenda de Jurupari,
ainda se conservava a predominância da natureza feminina, pois a palavra Coaraci,
segundo Barbosa Rodrigues é de significado feminino:
a) CO = verbo ser
b) ARA = o dia
c) CI = mãe, de onde....
COARACI, que dizer "MÃE DO DIA", atestando a proeminência
feminina frente a radical mudança de costumes...

BUSCAS ARQUEOLÓGICAS
Dezenas de buscas arqueológicas
sucederam-se no Brasil, mas foi somente na Região Norte que os guerreiros
nórdicos voltam à vida e a história.
Em torno de 1871, João Barbosa
Rodrigues, um naturalista, foi designado pelo Império para explorar as
imediações dos rios Tapajós, Trombetas e Jamundá. Ele recolheu amostras vegetais
e catalogou dados etnográficos, retornando a capital no ano de 1875, publicando
em seguida, seus estudos.
A região do rio Jamundá foi
escolhida por ser o local onde se presumia ser o habitat das míticas guerreiras
amazonas. Nas proximidades da cidade de Óbidos, Rodrigues encontrou vestígios de
uma antiga aldeia indígena, que suspeitou ser a tribo da qual as amazonas faziam
parte. A medida que deu prosseguimento as escavações, mais aumentavam suas
esperanças. Surgiram um grande número de cerâmicas quebradas e machados.
Imediatamente Rodrigues reconheceu que os fragmentos desenterrados eram bem
semelhantes aos já encontrados no Peru e na Escandinávia. Tudo indica que
realmente existiu um elo de ligação entre a Europa e o Brasil e, existiu um povo
mais civilizado do que se suponha, habitando estas paragens. Entre eles estavam
as nossas amazonas.

OS MUIRAQUITÃS
Os muiraquitãs têm formas e
tamanhos variados, mas geralmente não passam de dez centímetros. São talhados em
pedras de cor verde ou azulada (nefrita, jadeíta ou amazonita) e se apresentam
normalmente sob a forma de batráquios e felinos. Alguns destes ídolos possuem um
orifício, que possivelmente seja para passar um cordão e pendurá-lo no pescoço.
Há quem diga que tal perfuração, também podia indicar a condição do feminino,
estabelecendo assim uma associação direta com a lua.

Hoje, muito poucos originais
muiraquitãs existem no Brasil, a maioria foram roubados, comprados ou
traficados, mas já foram encontradas em toda a região amazônica: Pascoal, no
Marajó, Santarém, Obidos, Parintins, Manacapuru e outros pontos. Os de cor verde
e forma matraquiana são os mais afamados, mas existem igualmente, e em maior
número, os de cor de azeitona, de cor leitosa, dependendo do material que foi
empregado na sua confecção.
O maior poder do muiraquitã,
reside em suas propriedades medicinais e na capacidade de predizer o futuro.
Alguns habitantes da Amazônia que os conservam, afirmam que é necessário
aproximar-se das margens de um rio ou lago numa noite de lua cheia para
despertar os poderes deste fabuloso talismã. O ídolo deve permanecer por longo
tempo submergido em água e, em seguida, colocado pelo devoto sobre sua testa. Os
muiraquitãs arredondados são específicos para as mulheres, enquanto que os
maiores e mais longos devem ser usados pelos homens. Existem também aqueles que
apresentam cabeça de felinos, que são apropriados para os varões e, são usados
mais para saber o futuro sentimental ou sexual, pois o simbolismo da onça nos
remete à fecundidade e ao poder masculino.

O talismã de cor esverdeada mostra
o futuro amoroso, enquanto que os azulados são propícios para desvendar o futuro
econômico e material. Quando mais polida for a superfície do amuleto, melhor é
para visualizar as previsões. Muitas pessoas utilizam glifos da região amazônica
para suas adivinhações. Mas estas inscrições pré-históricas devem ter a forma e
simbologia dos muiraquitãs.
As pessoas que desvendam estes
segredos costumam aproximar suas testa destes símbolos de pedra e formulam
então, as perguntas que dizem respeito a seu futuro para que a pedra sagrada
possa revelá-lo. Comenta-se, que para empreender esta tarefa é necessário jejum
e abstinência sexual, ou até mesmo ingerir uma infusão de guaraná.
Recentemente, mulheres
descendentes das Amazonas, começaram a esculpir em pequenas pedras o muiraquitã,
com o objetivo de resgatar a cultura, tradição e poderes. Elas só podem ser
talhadas em noite de lua cheia e somente elas podem utilizá-los.

GRANDE MÃE DAS PEDRAS VERDES
A Mãe das Muiraquitãs foi quem ensinou as
amazonas a fabricar os amuletos. Ela é uma Deusa Lunar que representa o "lado
escuro" da lua que luta contra a consciência solar, que forçava as mulheres à
servidão sexual. Foi o amor da Grande Mãe que desmanchou o feitiço narcisista e
introduziu relações objetais no mundo humano. À medida que essa atitude
expandiu-se e generalizou-se, transformou a sociedade no matriarcado, cujos
sinais distintivos eram a aceitação universal de todas as criaturas, o
naturalismo regulado e uma religião baseada nas intuições das harmonias na ordem
natural.
Todas as nações já honraram e veneraram o
princípio maternal da natureza. As amazonas possuíam a força e poder deste
divino feminino. Elas, como nossas ancestrais, estão vivas em nosso
inconsciente e como parceiras interiores nos dizem para termos mais
confiança em nosso poder pessoal.
Acredito até que, já tenhamos aprendido a
ser mais guerreiras que as próprias amazonas, mas mesmo assim, ainda faço um
apelo para que a obra da Grande Mãe não apenas sobreviva e prospere, como também
possamos entrar em uma "Nova Era" de atividade em Seu nome, que é o nome
da compaixão, da sabedoria e do amor universal.

MEBIÔK, O RITUAL DAS AMAZONAS
Entre os índios Kayapó, ainda hoje é realizado o "Ritual
das Amazonas", denominado de MEBIÔK.
Durante 7 dias, as mulheres se tornam as chefes da aldeia,
abandonando suas casas, elas instalam-se na "ngobe" (Casa dos Homens), a escola
masculina, que é proibida às mulheres.
Os homens, por sua vez, terão a tarefa de substituir suas
mulheres nas lidas domésticas, preparando alimentos e cuidando dos filhos. À
noite, eles têm que atender aos chamados e provocações das mulheres guerreiras,
de modo a provar sua virilidade. É como se voltassem ao tempo do matriarcado,
época em que os papéis de homens e mulheres eram inversos.
Na última noite, no encontro na "ngobe" completamente às
escuras, sem mostrar quem realmente são, fazem sexo até o pajé anunciar a
aurora. Elas vão em seguida tomar banho e retornam às suas casas e à vida
normal.

É através desse comportamento que as mulheres relembram aos
homens um antigo acordo: se eles não as tratarem bem, com amor e respeito aos
direitos sociais adquiridos, elas podem se rebelar, abandonando-os e voltando à
época em que as mulheres guerreiras viviam sozinhas na floresta, fazendo uma vez
por ano uma "caçada" aos homens para reprodução.
A lenda das Amazonas não estão presentes apenas na cultura
Kayapó, as mulheres xinguanas também celebram o Yamarikumã, o ritual das
amazonas.
Esse ritual representa a rebelião coletiva contra o
desprezo e a humilhação de permanecerem como simples espectadoras, assistindo às
demonstrações que consideram machistas. Reagindo, as índias fazem o "moitará" (o
comércio de troca intertribal), batem nos maridos, apropriam-se dos seus
artesanatos e das flautas sagradas, cantam, dançam e lutam o huka-huka e
promovem uma festa tão grande e vigorosa como qualquer outra masculina. Essa é a
forma de demonstrarem que a qualquer momento podem repetir o episódio das
amazonas guerreiras e viver isoladamente.


RITUAL DO AMOR MÁGICO
Como as Amazonas, escolhemos nossos
parceiros para compartilhar muito amor. Como não temos a habilidade para
confeccionarmos amuletos mágicos para oferecer aos nossos companheiros, nada
melhor do que acariciá-los com uma bela e gostosa fatia de um bolo de amor
mágico. Vamos então colocarmos as mãos à massa?
Ingredientes:
1 caixa de bolo pronto de qualquer sabor
algumas pétalas de rosas secas comestíveis
1 colher de sopa de canela
água natural que deve ser deixada do lado de fora ou na janela durante uma
noite de lua cheia.
Enquanto mexe os ingredientes vá dizendo:
"uma gota de sangue da lua (a água),
uma pitada de rosa (pétalas comestíveis),
e canela, que é bem cheirosa.
Assim preparo o bolo com paixão e ardor,
para servir ao meu amor."
Leve então o bolo ao forno e ao retirá-lo diga:
"Em cada mordida nos unimos em laços
e esse bolo o trará para os meus braços."
Em seguida sirva um grande pedaço para o homem de sua vida!

TEXTO PESQUISADO E DESENVOLVIDO POR
ROSANE VOLPATTO

Bibliografia consultada:
Geográfica Universal- Bloch Editores; jan/1995 - "O Amor
entre os índios"; texto de João Américo Peret.
As Amazonas - Fernando G, Sampaio
Amazônia - Gastão de
Bettencourt
Na Planície Amazônica -
Raymundo Moraes
Contos e Lendas
do Brasil - Oswaldo Orico

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