



As fadas estão sempre associadas ao
mistério do parto e do nascimento. São, antes de tudo, "Madrinhas", que
distribuem dons sobre o berço dos recém-nascidos e profetizam sua futura
carreira.
A Lenda de São Armentário", composta até
o ano de 1300 por um tal Raymond, gentil homem de Provenza, conta que as
mulheres com dores de parto iam fazer sacrifícios sobre uma pedra sagrada
chamada de "Lança da Fada" em honra a fada Esterélle, que deu se nome ao maciço
de pinheiro que se encontra nas cercanias de Cannes, no interior, e onde mais
tarde se construiu o monastério de Notre-Dame-de-l'Estérel.
As fadas madrinhas são as benfeitoras
dos homens. Quando aparecem ante sua vista é geralmente para satisfazer seus
desejos ou para dar algum presente.
Porém seus dons são as vezes paradoxos.
À primeira vista parecem desdenháveis: só depois de um certo tempo revelam seu
valor verdadeiro.
O doutor Roger Mignot,
segundo Éduard Brasey, faz referência à um relato que põe em cena um desses dons
ambíguos:
"Uma fada leva o avental
de um jovem com algo que não deve ver absolutamente até chegar a sua casa. Cheia
de curiosidade, a mulher olha e se dá conta com surpresa que transporta pedaços
de carvão. Os atira no chão, salvo dois, que conserva. Uma vez em casa, os
pedaços de carvão se transformam em pedras preciosas. Quando regressa para
intentar encontrar os outros pedaços, vê que haviam desaparecido."
Em uma pequena
aglomeração de Rouge-Vie, junto a Champagney, em Haute-Saône (FR), se conta que
antigamente doze fadas tinham o costume de ficarem até de madrugada envolvidas
com suas rocas. Um dia foram convidadas para uma boda e levaram como presente
uns ramos de abeto, que ofereceram à noiva e suas amigas. Essas últimas,
colocaram o presente fora, sem interesse por ele. Porém, a jovem esposa
conservou-o, e o fez bem, pois na manhã seguinte teve a surpresa de descobrir
que o simples ramo de abeto havia se transformado em um ramo de ouro".

O doutor Delogne, ainda
segundo Éduard Brase, colheu o depoimento de alguns camponeses que afirmam terem
encontrado fadas. Cita especialmente o relato de um tal de Jean-Baptiste Duseur,
que tinha 89 anos de idade em 1913. Esse contou que:
"uma parteira de
Vresse havia ajudado uma fada a dar à luz. Como pagamento único de seus
serviços, recebeu espigas de milho. Porém, ao voltar para casa, a parteira
comprovou que as espigas haviam se transformado em ouro".
Em seu livro titulado "Science
of Fairy Tales", um autor inglês chamado Hartland propõe uma explicação:
"O dom de um objeto
aparentemente sem valor que se transforma, observada as recomendações, em um
objeto de maior valor possível é comumente utilizado nas transações das fadas. É
uma das manifestações mais evidentes do poder sobre-humano".
Aqui encontramos
sobretudo uma ilustração do saber velado que dispensam as fadas a seus
protegidos. Se oferecem demasiadamente fácil seus tesouros, não haveria nenhum
mérito no feito de aceitá-lo. Qualquer um poderia enriquecer sem dificuldade.
Na realidade, os eleitos
pelas fadas sabem que suas madrinhas exigem deles discernimento e perseverança.
O carvão que lhes oferecem leva dentro de si um embrião de ouro, como as trevas
contém o germem da luz, porém, o ser humano deve saber reconhecê-lo e extraÍ-lo.
Os dons das fadas sempre
vão acompanhados de certa sabedoria.

O VIVER E PENSAR MÁGICO

Para a maioria
dos adultos, as fadas e suas fábulas não são mais do que uma recordação da
infância, mas que, em segredo, muitos desejariam que fosse sua própria vida, já
que com magia poderiam resolver qualquer problema.
Porém hoje, a Magia
consiste em redescobrir as coisas que estão à nossa volta, em reencontrar outras
e através do contato com elas, ampliar nossas possibilidades, elevando nossa
consciência e aprofundando nosso conhecimento interior.
Não se trata de voltar
ao paraíso da infância perdida, nem deixar-se levar por fabulosas fantasias, mas
sim utilizar a fantasia como veículo dessa "viagem" para voltar a encontrar a
espontaneidade, a pureza, a sinceridade que vem do coração e que permite nos
reconciliarmos com a Natureza. Uma Natureza, vista não só como um conjunto que
nos rodeia, mas sim como uma corrente de energia com a que nos compenetramos e
da qual também fazemos parte. Uma relação de harmonia com a Natureza, nos
permitirá desenvolvermos um merecido amor por nós mesmos e também nos permitirá
entrar realmente em contato com os demais.
A nossa Terra Mãe, está
tentando desesperadamente poder nos falar e nos induzir a transcender o
pensamento ordinário com que construímos nossa existência e, em conseqüência,
também o modo como percebemos a vida de todas as coisas.
Desenvolvendo uma maior
atenção ao Mundo que nos rodeia, lograremos despertar nossos sentidos para poder
reconhecer o divino que vive em nós e em todas as coisas; o Espírito que de
igual forma permeia a todos e cada um dos átomos do Universo, também a menor
entidade visível à nossos olhos. Só assim seremos capazes de entrar em relação
com a realidade para poder descobrir, com uma renovada e recuperada
sensibilidade, as necessidade dos demais.
No fundo, a Magia é a
Vida mesma, ou se converte nela a partir do momento em que reconhecemos a
"misteriosa alquimia", aquela que crê na harmonia e nos acolhe na sua Unidade,
como células de um só corpo.
O Pensamento Mágico,
portanto, consiste em saber reconhecer no outro a mesma importância com respeito
à composição da Obra Divina e empreender, em conseqüência, a relação com o
divino através do encontro profundo com sua Criação; com a Terra, com o Céu, com
a Natureza e com os Seres Encantados, que esperam que se amplie nossa visão para
entrar em contato conosco.
Ainda bem que hoje, já
não se considera tão "terrível", nem simplesmente "loucura", falar de Devas, de
Espíritos da Natureza e de outros seres encantados. Ao nível de consciência das
pessoas está mudando ao mesmo tempo que tem lugar uma transformação nos modelos
sociais e religiosos e aqueles que uma vez foram símbolos empoeirados pelos
séculos da história, agora voltam a resplandecer unindo-se a "trama sem fim" que
cita a voz de antigas culturas. E, entre essas vozes, é possível chegar a
escutar o riso e o canto das Deusas, da Natureza, dos Irmãos de Luz, dos Seres
Encantados: o canto dos Tuatha de Danann, o povo do Sidhe que atravessa o véu
que nos divide e nos oferece como um dom uma taça de luz para que possamos beber
esperança, alegria, sensatez, desejos de conhecimento, verdade, valor e,
sobretudo, Amor e Harmonia.
Descubra agora qual é a
sua FADA MADRINHA e o que ela tem para dizer a você, clicando no link abaixo:
http://www.rosanevolpatto.trd.br/fadamadrinha2.htm
Texto de Rosane Volpatto


La
fée utilisée pour ce kit provient
de chez Designer Workshop