~*~AS ASAS DAS FADAS~*~

 

 

AS ASAS DAS FADAS

A imaginação popular nos legou uma imagem de fadas com preciosas e estilizadas asas. Do ponto de vista da simbologia não devemos interpretar as asas no sentido físico, mas sim como um símbolo do seu poder de elevação espiritual.

Os egípcios já haviam percebido este simbolismo e as famosas Sete Hathors apareciam com asas de ave. Na tradição mais antiga Suméria também haviam fantásticos seres alados que em muitas ocasiões representavam uma espécie de deuses.

As ninfas da tradição grega não apresentam asas. A cultura celta, também não as representava com asas, pois eram muito parecidas com as sacerdotisas que realizavam cerimônias em altares de pedras, mulheres belas e poderosas que invocavam à Grande Mãe. Se no princípio as fadas não apresentavam asas, quando as adotaram?

Com o passar do tempo, voar adquiriu o simbolismo de elevação espiritual e desse modo as nossas fadas receberam asas. Os primeiros que descreveram essas mágicas asas foram os poetas renascentistas britânicos. Drayton, Spenser e Shakespeare nos mostram fadas em torno de intrigas palacianas. Eles foram uma referência obrigatória dos poetas posteriores que falaram dos seres alados.

Durante o romanticismo se retornou esta tradição e se representava as fadas e outras criaturas com asas de borboletas ou de libélula. As asas eram um mero elemento decorativo e simbólico de seu poder. Os românticos mantiveram as asas de libélula por sua beleza e colorido.

Os estudiosos do mundo das fadas não estão muito de acordo com o aspecto das fadas e suas asas. Para alguns, as fadas da terra quase carecem de asas; são muito pequenas e não podem servir para voar. Entretanto, as fadas do ar teriam asas mais poderosas, como as sílfides, que são quase tão grandes quanto elas mesmas.

Também há quem afirma que os véus e tules que vestem as fadas podem fazer a função de asas. Que as fadas da água poucas vezes apresentam asas e que as fadas do fogo possuem umas asas especiais que parecem pequenas chamas que se elevam sobre elas. De qualquer forma quem não é capaz de visualizar um par de asinhas translúcidas e vibrantes em nossas estimadas fadas?

ROSANE VOLPATTO