~*~OS ESBATHS~*~
OS ESBATHS

 

Os Esbaths são homenagens especiais para a deusa, em seu aspecto lunar. O culto a Grande Deusa remonta a “Era do Touro” (4.000 a.C. a 2000 a.C), época em que o respeito e admiração pela mulher eram bastante difundidos. 

 

  Considerada como fonte de toda vida, tanto que os locais onde eram realizados os partos eram considerados sagrados.  

 

A Deusa, Geradora de todo o Universo, é associada aos poderes da lua. Assim como a lua, que muda de fase a cada 7 dias, ela também se mostra de três formas diferentes: A VIRGEM, A MÃE e A ANCIÃ. E é exatamente em decorrência disto que é chamada de a “DEUSA TRÍPLICE”. As múltiplas faces e aspectos da Deusa, nada mais são que a personificação e atributos da Grande Divindade Universal.  

 

As práticas feiticeiras estão sempre ligadas as fases lunares. Há determinado feitiço que só pode ser realizado em determinada lua. Sabemos, que as fases lunares interferem nas marés, na colheita, na fertilidade das mulheres, mas até hoje não se desvendou tal mistério.  

 

Celebramos os Esbaths para buscarmos uma maior proximidade com a lua, e então recebermos suas energias, de acordo com as influências de cada fase (cheia, minguante, crescente ou nova.  

 

Normalmente, os Covens se reúnem mensalmente, geralmente na lua cheia (ou em outra lua), para praticar estes rituais.  

 

 

 

                  LUA NOVA      

 

 

MATERIAL

 

Roupas pretas

Flores roxas

Pingente de proteção

  Tinta preta

Pedras para o círculo de proteção

Sal grosso

Giz branco

5 velas roxas

 Cálice para vinho (um para cada bruxa)

Athame

 Sino

 

 

Faça uma coroa para cabeça com as flores roxas; deve-se vestir a roupa preta e colocar o pingente de proteção. Cada bruxa deverá pintar uma lua de preto na testa. A bruxa sacerdotisa traçará o círculo de proteção. Depois deve jogar sal grosso para dentro dele dizendo:  

 

“Consagro-te círculo em nome da Deusa, para que possamos ser abençoadas e protegidas. Que assim seja!”  

 

Em seguida deve-se desenhar o pentagrama dentro do círculo e em cada ponta dele coloca-se uma vela roxa. Prosseguindo, cada bruxa deve por o cálice com vinho em torno do mesmo (pentagrama) e em seu centro se colocará o athame.

A sacerdotisa inicia o ritual com três toques de sino. A seguir ergue ao alto o athame e as bruxas elevam os braços ao céu e a sacerdotisa recita:  

 

“Irmãs, contemplem a Senh

ora de Prata!

Ela está tão distante e tão próxima!

Ela nos envolve agora

Em seu manto negro.”  

 

Outra bruxa diz:  

 

“Virgem, nossa Gloriosa Deusa!

Ouça nossas invocações;                   

Pedimos a sua proteção!”  

 

A próxima bruxa continua:  

 

“Que os novos caminhos se iniciem;

Que os portais dos elementos se abram;

Que a sua força juvenil e virginal

Atue como sabedoria dentro de nós.”  

 

A bruxa seguinte prossegue:

“Que seus mistérios sejam os nossos encantos;

Que a sua força seja nossa força;

Que a sua vontade seja nossos atos.”  

 

Todas as bruxas recitam juntas:  

 

“Que a sua escuridão seja nossa luz;

Que a sua juventude seja nosso renascimento.”  

 

Para terminar cada bruxa deve falar individualmente;  

 

“Que a sua escuridão seja minha luz;

Que sua juventude seja meu renascimento.”  

 

Em seguida a sacerdotisa deve tocar o sino novamente três vezes. Cada bruxa pega seu cálice e senta-se na posição de Lótus para refletir e projetar seus pensamentos para o interior do cálice. É o momento de se pedir qualquer coisa relacionada com novos empreendimentos, projetos ou sonhos.  

 

Dando prosseguimento ao ritual, a sacerdotisa mergulha o athame no cálice de cada bruxa, proferindo:

“Neste momento mágico, as suas palavras mergulham no coração da Deusa.”

Outra bruxa deve consagrar o cálice da sacerdotisa. Então, as bruxas agora podem beber o vinho e confraternizarem com um banquete simples e discutirem projetos novos para o coven.

No término da celebração deve-se recitar o encantamento e fechar o círculo de proteção:  

 

“Que as nossas palavras assim sejam;

Que os nossos desejos assim sejam!,

O círculo está desfeito

Mas não quebrado.”      

                       

                         LUA  CRESCENTE

                                            

MATERIAL:

Roupas brancas

Jóias prateadas

Giz branco

Incenso aroma lunar

Cálice com água mineral

 Cetro

Pentagrama

Velas azuis igual ao número de bruxas

Prato com sal

Athame

Maçã

 

As bruxas devem trajar-se de branco e usar muitos enfeites prata. A bruxa-sacerdotisa é quem sempre traça o círculo de proteção e o contorna com o giz, para não deixar dúvidas (nunca deve ser ultrapassado por todo tempo do ritual). No seu centro é colocado um pano branco e sobre ele será monta-se o altar: o incenso (ao Norte), o cálice (ao Sul), o cetro (ao Leste) e o pentagrama ( a Oeste).  Bem ao centro coloque as velas azuis.  

 

Uma bruxa deve pegar um pouco do sal do pratinho com a ajuda do athame e salpicar por todo o círculo para consagrá-lo enquanto diz:  

 

“O athame cortará as energias indesejáveis deste círculo e o sal irá bani-las de vez.”  

 

O athame é alcançado para a sacerdotisa que o ergue e aponta para lua crescente dizendo:

"Saudamos-te, Grande Deusa;

 

Pelo seu poder crescente;

Pela sua luz que anuncia o despertar dos sonhos.

O oceano renasce e se agita;

E o nosso veleiro navega a nova rota que se inicia.”  

 

A bruxa do Norte com o incenso na mão diz:  

 

“Iniciada seja as nossas vidas

A rota da sabedoria e da transformação

Em nome da Deusa.”  

 

A bruxa do Sul ergue o cálice e recita:

“Iniciada seja nossas vidas

“A rota do amor e da criação

Em nome da Deusa.”  

 

A bruxa do Leste eleva o cetro e diz:   

 

“Iniciada seja nossas vidas

A rota da força e da coragem

Em nome da Deusa.”  

 

A bruxa do Oeste levanta o pentagrama e prossegue:  

 

“Iniciada seja em nossas vidas

A rota da saúde e da prosperidade

Em nome da Deusa.”  

 

Agora todas bruxas recitam juntas:  

 

“Iniciada seja em nosso círculo

A rota do perfeito amor e da perfeita confiança

Agora e sempre, em nome da Deusa.”  

 

A bruxa do Norte pega a maçã e corta-a ao meio, retirando cinco sementes. A bruxa do Oeste abre um pequeno buraco na terra. Cabe a Bruxa do Leste plantar cada uma das sementes, enquanto a bruxa do Sul deve falar concomitantemente:  

 

“Com a nutrição do solo, ela crescerá.”

“Com os banhos de chuva, ela viverá.”

                              “Com o calor do sol, ela se fortalecerá.”

“Com as mãos da Deusa, ela nos abençoará”.  

 

A bruxa do oeste cobre o buraco e sobre ele coloca as duas mãos, mentalizando seu crescimento através do poder da lua crescente. A bruxa do sul rega o local com a água do cálice. A seguir as bruxas festejam o ritual com uma refeição simples

A sacerdotisa deve fechar o círculo de proteção.

        

   

                                         

                  LUA CHEIA        

  

                                             

MATERIAL:

Roupas brancas

Flores vermelhas

Tinta branca

Rosas vermelhas

Fita branca larga do comprimento de cada bruxa

 

As bruxas devem vestir-se de branco com uma coroa de flores vermelhas na cabeça. Todas deverão pintar uma lua branca na testa, em forma de lua cheia.  

 

A sacerdotisa traça  o círculo de proteção e distribui as rosas vermelhas em torno dele. Cada bruxa pega sua fita e a segura pela ponta com a mão direta, em seguida deve ergue-la à altura da cabeça e gira-la de forma que ela envolva todo o corpo como uma espiral. Faça isso por alguns minutos sempre fitando a lua cheia. Sinta a energia da lua vindo em sua direção, observe seu contorno circular que é igual ao movimento que está sendo produzido por você neste momento. Notará  que entrará em perfeita sintonia com ela. A energia vai crescendo e se tornando uma grande espiral de luz branca que nos envolve por completo. É um momento mágico.  

 

A seguir a sacerdotisa irá unir todas as fitas, formando uma ciranda que se movimentará em sentido horário. Uma nova espiral se formou, só que agora bem mais poderosa.  

 

A sacerdotisa presta homenagem a Deusa:  

 

“Irmãs vamos embalar a noite com o canto total.

Vamos dançar o ritmo da espiral.

Vamos andar em volta da lua.

Ela está dentro de nós, nós somos ela.

Vamos completar os nossos sonhos,

Com as nossas forças unidas.

Vamos agradecer a Deusa,

Por nos completar.

Abençoadas sejam todas nós,

Assim sempre foi, assim sempre será.”  

 

Celebrem com banquete simples e aproveitem para discutir assuntos informais.

A sacerdotisa é que deve fechar o círculo.

                                                

                     

 

      LUA MINGUANTE

                                         

MATERIAL:

Roupas pretas

Jóias douradas

Quatro velas pretas

Quatro velas laranja

Caldeirão com água

 Incenso de patchuli

Quatro panos pretos

Sino Cetro de salgueiro

 

As bruxas devem se vestir de preto com adornos em dourado. A sacerdotisa traça o círculo e distribui as velas pretas e laranjas intercaladas remarcando-o. No centro deve ficar o caldeirão com água e um incenso de patchuli aceso. As bruxas devem vendar os olhos com o pano preto e deitar-se no chão de modo que suas cabeças fiquem voltadas para dentro do círculo.  

 

Após o toque de três badalos do sino pela sacerdotisa cada bruxa deve:

Respirar fundo e relaxar. Deve devagarzinho imaginar-se solta no espaço, longe de tudo, imersa na escuridão do seu próprio ser. Eu uso um truque muito fácil: me imagino voando até alcançar as nuvens, depois me projeto em direção a lua e sinto flutuar. É neste momento que mentalmente crio um espelho onde minha imagem é refletida e onde o filme de minha vida entra em cena. Revejo o passado, questiono o presente e projeto o futuro.  

 

Após vários minutos o sino da sacerdotisa nos tira do transe e a venda dos olhos. Hora de encarar o presente! Nunca é tarde para concertar erros e pedir perdão aos nossos inimigos. Somos seres em constante mutação: não somos o que éramos ontem e nem somos hoje o que seremos amanhã. Tente mudar com convicção, sempre ambicionando o melhor para você e para todos que habitam o mesmo Universo. Seja uma bruxa de verdade, ame a natureza, os animais e os homens. Não tenha receio nem vergonha de ser fraca, de errar. Só erra quem tenta, quem não passa a vida em vão.  

 

Neste momento a sacerdotisa reflete o rosto na água do caldeirão e embaralha a imagem com o cetro. Enquanto isso diz:  

 

“Nesta noite, todos os Males minguarão junto com a lua. Este ciclo termina somente para o bom ciclo recomeçar.”  

 

As outras bruxas devem fazer o mesmo.

Celebrem com uma refeição simples e fechem o círculo de proteção.

                                                                                           

                              

  Texto pesquisado e desenvolvido por Rosane Volpatto

 

 

 

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