ELFOS
Em todas as épocas, os homens sempre acreditaram em
forças, poderes e seres ocultos. Ao contemplarem o azul celeste, viram
deuses e os descreveram. Ao olharem o mar e mergulharem em suas águas,
encontraram um estranho habitante coberto de escamas. A curiosidade
entretanto, levou-os a pesquisar mais a fundo e descobriram então, um mundo
de corais, arrecifes, seres com variadas formas, inclusive com dorso humano
e rabo de peixe. E, por último, os olhos humanos voltaram-se para a terra,
aventurando-se nos bosques, nas montanhas, nos lagos e nos rios. Ali
sussurravam um universo de presenças invisíveis. Eram eles: fadas, ninfas, gnomos, elfos,
gigantes e anões.

Foi então, que os homens, fascinados com
a existência destas criaturinhas, foram em busca de um maior conhecimento
de toda esta gama de magníficos seres.
É na península
escandinava (formada pela Finlândia, Noruega e Suécia), que encontramos as
mais belas descrições dos Elfos, considerados membros de uma antiga
cultura, amantes da música, da dança e das artes. Dominam também, os
segredos da natureza e de ervas mágicas, conhecem os astros, viajam sobre
os raios do sol, podem atravessar qualquer elemento, entretanto, preferem a
cercania das águas. Os Elfos só se popularizaram a partir
das descrições e imagem do filme "O Senhor dos Anéis", mas eles já faziam
parte de mitos e lendas de muitas outras culturas.

Estes
seres são uma raça ancestral, que quando as tribos humanas primitivas se
dedicavam a lutar entre elas, eles já navegavam pelos oceanos e traçavam
cartas estelares.
Ao negar a crença em fadas e elfos, o homem moderno
também renega sua própria infância aqui na terra. Será que o ideal
racionalista e materialista do século atual tem razão contra os vários
milênios de crenças? Em nome de que razão estreitamente cartesiana haveria de
se negar a presença de entidades intermediárias que asseguram a relação entre
o homem, a natureza e o divino?
A resposta não está só na Igreja com seus dogmas
monoteístas, que muito fizeram, é bem verdade, para demonizar os
representantes do Pequeno Povo, mas também no homem que, para industrializar a
sociedade teve primeiro que negar os espíritos guardiãs da natureza. Hoje
colhemos os frutos dessa decisão: contaminação do ar e das águas,
superaquecimento do planeta que estão provocando furacões e catástrofes
ecológicas, epidemias, etc. Se o homem temesse a vingança das ondinas e das
sereias, se atreveria a encher de detritos e nitratos os rios e os oceanos?
Contaminaria a atmosfera com as chaminés das fábricas?
Muito embora o homem não creia nos elementais da
natureza, isso não impede que esses elementos façam a natureza enlouquecer.
Não seriam a multiplicação dos tremores de terra uma advertência dos gnomos? O
nascimento de inúmeros furacões, um grito de alerta dos silfos? Os tsunamis,
agora tão devastadores, uma reação das ondinas e das nereidas? E os incêndios
florestais da atualidade, uma condenação das salamandras?
O homem atual, tão sábio e poderoso, poderá agora
encontrar solução para esses problemas que ele mesmo criou? Para quem não crê
em magia, mas só na ciência e em seu convencimento político, vai ser bem
difícil conter a fúria da natureza, pois os devas da natureza não são
previsíveis e muito menos corruptíveis, não se vendem, nem aceitam receber "mensalões",
estão pouco ligando para o poder ou para riqueza material. Os elementais só
nos ajudarão se também forem ajudados, se tivermos como meta, assim como eles,
a preservação da vida. 
MITOLOGIA NÓRDICA

É a "Edda de Snorri", que nos relata que o mundo nasceu do choque de uma
matéria quente com uma fria em um espaço mágico conhecido pelo nome de
Ginnungagap. Os primeiros seres que habitavam este mundo eram os gigantes
dos céus e o mais velho deles era o Ymir. Do suor condensado de Ymir,
nasceu Bruni, que será o pai de Borr, que por sua vez, se casará com Bestla,
filha de outro gigante. Os três primeiros filhos do casal, serão os
primeiros Ases: Odin, Vili e Ve, que mataram o gigante Ymir, formando com
seu sangue o mar e os lagos, com seus ossos as montanhas, com seus dentes
as rochas, com seus cabelos as árvores. Com a parte côncava do crânio
criaram o céu, com o seu cérebro as nuvens carregadas de neve e granizo e
com as faíscas que provinham da terra quente, criaram-se os astros.

Com a testa de Ymir, os deuses formaram a Midgard (Terra Média), destinada
a tornar-se a morada do homem. No centro desta terra fizeram muralhas com
os cílios de Ymir. Para si, os Ases criaram outra fortaleza, o Asgard.
Por decisão dos deuses, dos vermes que surgiram do corpo em decomposição de
Ymir, nasceram os elfos. Alguns desses elfos eram claros, criaturas muito
boas e belas, também conhecidos por "elfinas", habitavam o ar. Já outros,
eram escuros, justamente por serem malignos, passaram a habitar as regiões
subterrâneas da terra, longe da luz do sol.

Os elfos
claros ou de luz, vivem nos grandes bosques, vestem roupas verde para
camuflar-se entre as folhas das árvores, motivo pelo qual nunca conseguimos
vê-los. Seus olhos são claros, sempre da cor azul ou verde e seus cabelos
são quase brancos. Suas orelhas são pontiagudas como as dos duendes.
Esses elfos adoram celebrar grandes banquetes e suas festas são animadas
com alegres músicas. Eles preferem passar breves momentos felizes do que
longos períodos tristes. Vivem o agora, desfrutando da melhor maneira
possível cada momento que passa.

Os elfos escuros são
considerados malvados e perigosos. Se divertem causando dano aos seres
humanos. Muitas das enfermidades e defeitos físicos dos homens da
Antigüidade, eram atribuídos aos elfos escuros.

ASPECTO
FÍSICO
Os elfos possuem mãos e pés grandes em comparação
ao resto de seu corpo. Suas pernas são extremamente finas e apresentam
orelhas e narizes pontiagudos. Suas bocas também são muito largas. Já sua
pele é geralmente rugosa, mas sua cor vai variar segundo a tribo que
pertence. Eles são de uma natureza intermediária entre o homem e o anjo,
apresentam espírito inteligente e curioso, corpo fluídico e são mais visíveis
no crepúsculo. Os elfos da tradição escandinava e celta medem
cerca de 25 a 30cm. Entretanto, não são todos iguais, pois alguns são
conhecidos como elfos de luz e outros como elfos escuros. Os elfos
luminosos possuem o corpo transparente e, como tais, podem atravessar
qualquer corpo sólido. Inclusive podem demorar-se sobre o fogo, sem que
esse chegue a afetá-los. Os elfos, portanto, podem viver no interior de
qualquer lugar, mas preferem construir suas casas, muito ocultas e saindo
somente a noite para evitar de serem vistos.

Os elfos escuros são em maior número que os
luminosos e habitam o interior dos troncos das árvores, em cujas imediações
adoram viver. Mas como também são amantes da música, podem ser vistos nas correntes dos rios,
no mar e nos
saltos das cascatas, que possuem seu próprio ritmo. Dos sensuais lábios dos elfos, desprendem-se doces canções, que encantam os ouvidos de qualquer
mortal. 
ORGANIZAÇÃO SOCIAL
A organização
élfica varia dependendo de cada povoação que estão dispersas pelo mundo
inteiro e vão desde pequenos assentamentos até grandes cidades. A estrutura
social de cada povoado dependerá de diversas opções, normalmente são
governados por um conselho de sábios, feiticeiros e militares ou algum
regente. Os elfos possuem uma variedade de ocupações que vão de guerreiros
a agricultores e até construtores e guardiães das portas do céu. Destacam-se ainda pelo grande
conhecimento sobre artes.

Todas as cidades élficas são
dotadas de grande beleza, pois são seres muito habilidosos em todas as
tarefas que empreendem. Seus gostos são refletidos em suas obras e suas
casas. Se interessam pela beleza da natureza, pela dança, pelo canto e pelo
jogo. Não fazem amigos com facilidade, pois são muito reservados. Procuram
manter-se afastados dos humanos.
Os elfos são temidos por outras raças, pois são excelentes guerreiros e
caçadores. Acreditam que qualquer forasteiro é um inimigo em potencial, que
poderá roubá-los e enganá-los. Entretanto, os ataques dos elfos contra
inimigos, raramente são sangrentos.

Exatamente igual as fadas, os elfos desempenham
um papel no equilíbrio, na saúde e no crescimento das plantas. Enquanto os
gnomos cuidam da semente subterrânea, as fadas do broto da planta fora do
solo, os elfos cuidam de que o sol a toque e do mecanismo da fotossíntese.
Os elfos recebem os nomes de: "nis" na Alemanha,
"nis-god-drange" na Dinamarca e Noruega, "tylwithes" na Inglaterra,
"duende" na Espanha, "esprit follet" na França. Na Escócia se distinguem os
"dun-elfen" (elfos das dunas), os "berg-elfen" (elfos das colinas),
os "munt-elfen" (elfos das montanhas), os "wudu-elfen" (elfos dos bosques)
e os "woeter-elfen" (elfos das águas). Na Irlanda são conhecidos com o nome
de "Daoine Side", os "habitantes das colinas das fadas", pois esses
espíritos ocupam, se diz, magníficos palácios subterrâneos dissimulados nos
interior dos verdes montes das pradarias irlandesas.

Com o passar dos séculos, o povo dos elfos e dos
homens se afastaram progressivamente um do outro, evolucionando em
universos separados e paralelos que só se encontram excepcionalmente.
Espera-se que um dia, os elfos saiam de seus esconderijos subterrâneos e
estabeleçam uma nova aliança com os homens, no seio de uma natureza
reencantada.

AS ILHAS FEÉRICAS
Não há mapa que nos conduza até as ilhas e
regiões féericas. Os meios de chegarem até elas não é dado a todo mundo e a
viagem de regresso não sempre está assegurada.
Nos relatos da Idade Média há muitos relatos
sobre o mundo das fadas e dos elfos. Esses reinos se denominam ilhas
Encantadas, ilhas Bem-aventuradas, ou ilhas Afortunadas. Frente à costa de
Bristol, em Somerset, se encontra, ao que parece, uma ilha feérica, chamada
de "Terra Verde do Encantamento", que é invisível ao olho humano. E, ainda
acredita-se que exista várias ilhas invisíveis frente a costa galesa.

Mas, há ilhas reais que também são ilhas
feéricas, como é o caso da ilha de Man, antiga morada do Deus
Manannam Mac Fir, cujas freqüentes brumas são fruto de um encantamento.
Essa ilha alberga numeroso contingente de fadas e elfos, assim como
espíritos terríveis, os "sangres", que têm por costume de deslocar suas
moradas subterrâneas na noite da festa de São Martim, em 11 de novembro. Se
aconselha a não passear só nessa noite.
É nessa ilha, onde a Wicca, organização oficial
das bruxas do século XX, elegeu em 1951, uma "Rainha das Bruxas", Monique
Wilson. Essa fundou um museu de bruxaria em Castletown e propagou durante
toda a sua vida a prática do naturalismo, fundamento de um contato
harmonioso entre o ser humano e a natureza.

Entretanto, a ilha feérica mais conhecida é a de
Avalon, um paraíso acessível unicamente a seres do Reino das Fadas e aos
valentes cavaleiros que, por sua pureza e seu amor, se tornam dignos de ser
admitidos nela. O lendário rei Artur, a quem o poeta Lydgate do século XV
descreve com um "rei coroado no país das fadas", foi levado mortalmente
ferido para que o assistissem quatro rainhas fadas.
Dessa ilha veio o povo élfico de Tuatha De
Dannan, ou seja, a "tribo de Dana". Esse povo foi expulso da ilha pelos
Firbolgs e foram para a Irlanda, onde reinaram por longo tempo, até que
novos invasores da raça humana, os expulsaram da superfície da terra e os
condenaram a invisibilidade, como resultado da batalha de Tailtenn. Os
nobres elfos edificaram suas novas moradas embaixo das colinas e nos lagos
da Irlanda a fim de perpetuar sua espécie longe dos humanos.

Os elfos também são chamados de "Daoine Sidhes",
o povo das colinas. "Sidhe" quer dizer "colina" em gaélico.
Evans Wentz, nos indicou: "Dois povos que
co-habitam hoje na Irlanda: um povo visível, ao qual chamamos de celtas, e
um povo invisível, que chamamos de elfos. Existem relações constantes entre
esses dois povos, inclusive hoje em dia; pois os videntes irlandeses dizem
que podem perceber os belos e majestosos Sidhes, e segundo eles o povo dos
Sidhes é diferente do nosso, igualmente vivo e sem dúvida mais poderoso".

PAÍS DOS ELFOS
Os elfos, segundo as crenças celtas, raptam e deixam
prisioneiros em seu reino os homens.
Eis aqui o relato de uma lenda escocesa recolhida por
Walter Scott, que ilustra a crença:
"Um tecedor perde sua mulher. Essa morre entre
convulsões e seu cadáver fica tão desfigurado que os vizinhos pensam que os
elfos a raptaram e substituíram seu verdadeiro corpo.
Quando o tecedor está considerando seriamente voltar a
se casar, sua esposa morta lhe aparece numa noite e diz que não está morta,
mas sim cativa dos elfos e, que pode, se ainda a ama fazê-la voltar daquele
triste reino de "Elfland". Porém, o homem acaba não fazendo o que o
fantasma lhe pede."
Outro relato foi recolhido na Dinamarca:
"Um camponês perde sua mulher. Uma noite em que passa
perto de um Monte de Elfos vê sua esposa dançando com outras pessoas. Como
ele a chama pelo nome, ela se vê obrigada a segui-lo, porém a sua vida não
voltou a ser como antes: a mulher não parava de chorar na cozinha".
O mais simples dos mortais que tenha ocasião de
conhecer o País dos Elfos, jamais vai se recuperar, pois dizem que a
experiência é tão deslumbrante, fazendo com que a vida humana não seja mais
interessante. Isso deve-se, por serem os elfos os mais perfeitos músicos e
dançarinos que aos olhos e ouvidos humanos não existe nada mais belo de ser
visto e ouvido na terra.
As histórias de raptos de seres humanos por parte dos
elfos abundam muitas crônicas populares na Europa. Walter Scott conta-nos
assim o testemunho de um tal Pennant, raptado para uma viagem de observação
que ocorreu em 1769:
"Um pobre visionário que estava trabalhando em
Breadalbane, foi levado pelo ar e passando por cima de um muro à um campo
de trigo contínuo. Rodeavam-lhe uma multidão de homens e mulheres, entre os
quais reconheceu várias pessoas mortas há muitos anos. Essas pessoas iam e
vinham como abelhas sobre a plantação, roçando apenas a ponta do trigo,
falando uma língua desconhecida com uma voz cavernosa. Foram lhe empurrando
rudemente em todas as direções, porém quando murmurou o nome de Deus
desapareceram todos, salvo uma mulher que bateu em seu ombro e o obrigou a
aceitar um encontro para às sete da tarde daquele mesmo dia.
O homem viu então que seus cabelos estavam atados com
duplos nós (conhecidos como "anéis de elfos") e quase já tinha perdido o
uso da palavra.
Manteve sua promessa e ficou esperando a mulher que
chegou voando. Ela pouco falou, pois tinha muita pressa e não poderia ficar
com ele, e ordenou que partisse, afirmando que nada de ruim iria lhe
acontecer."

ORFEU E EURÍDICE NO PAÍS DOS ELFOS
Segundo ainda, crenças celtas, é para o País dos Elfos
que vão, voluntariamente ou não, os mortos.
Todo mundo conhece a célebre lenda de Orfeu e
Eurídice. É sabido que o músico grego não vacilou em descer até o fundo dos
Infernos para buscar a esposa morta. Entretanto, uma lenda celta conta que
o lugar onde Eurídice estava prisioneira não era os Infernos, mas o País
dos Elfos.
Orfeu, rei da Trácia, ao norte da Grécia, encontrou um
dia sua mulher Eurídice chorando nos jardins de seu palácio. Eurídice lhe
contou que havia adormecido à sombra de uma árvore utilizada para enxertos
(essas árvores eram conhecidas por demarcar as fronteiras entre o mundo dos
humanos e o povo do Reino das Fadas), e havia sonhado que um rei dos elfos
vinha buscá-la para conduzi-la, através de uma escura galeria, até seus
domínios encantados. Depois a conduziu de volta até sua árvore e ordenou,
sob pena de um terrível castigo, que no dia seguinte lhe esperaria naquele
mesmo lugar. Eurídice não se atrevia a desobedecer o senhor élfico e estava
bem decidida a esperar sua triste sorte junto à árvore.
Para conjurar a sorte, Orfeu fez guardar a árvore por
seus melhores soldados, porém no dia seguinte, ao meio-dia, Eurídice
desapareceu no ar, levada pelo rei dos elfos. Louco de dor, o rei da Trácia
abandonou seu trono e se tornou ermitão, não levando consigo mais do que
uma lira. Se dizia que sua música era tão bela que as lebres deixavam de
correr e os pássaros de cantar.
As vezes, Orfeu assistia as cavalgadas das fadas e dos
elfos que galopavam pelo campo, e ouvia o som de seus cornos de caça. Um
dia viu passar em sua frente umas belas fadas caçadoras, montadas em
cavalos brancos e levavam cada uma um falcão na mão. Orfeu as seguiu
correndo. Observou como deslizavam até o interior de uma rocha e
desapareceram num túnel escuro. Seguindo-as chegou até uma clareira verde
onde deparou-se com um maravilhoso castelo de torres brancas. Orfeu entrou
no tal castelo e descobriu uns mortais dormindo nas posições que estavam
quando os elfos os raptaram. Havia guerreiros combatendo, crianças
brincando, mulheres ocupadas fiando... Todos estavam imóveis, com o gesto
detido na eternidade de um instante.
Chegou finalmente ao pátio central do castelo, e nele
estava o rei dos elfos perto de Eurídice, que dormia embaixo da árvore,
exatamente na mesma posição que estava há dez anos no palácio de Orfeu. O
rei-músico da Trácia se inclinou então, ante ao soberano dos elfos e se
ofereceu para tocar-lhe uma música. Então Orfeu pegou sua lira e tocou uns
acordes tão belos que o próprio rei dos elfos ficou maravilhado. E, quando
o mortal parou de tocar, o príncipe élfico lhe rogou para continuar com a
música, prometendo lhe conceder uma recompensa como pagamento de seus
serviços.
Orfeu se pôs a tocar de novo e logo, quando chegou o
momento, reclamou o que lhe devia: a mulher adormecida à sombra da árvore.
Então o rei dos elfos tentou retratar-se:
-"Não pode ser, seria um casal muito desigual. Ela é
jovem e bela, e tu és velho e desgastado. Seria indecoroso ficarem juntos".
Porém Orfeu replicou;
"Todavia seria mais indecoroso para vós não cumprir
vossa promessa".
Preso ao trato, o elfo libertou a Eurídice de seu
encantamento. A jovem acordou e se jogou nos braços de Orfeu, que a levou
consigo através do escuro túnel. E, enquanto alguns autores afirmam que a
perdeu de novo naqueles labirintos escuros, outros afirmam que regressaram
sem problemas até a luz do mundo dos humanos, voltando a seu reino e
viveram felizes o resto de sua vida.

COMUNICANDO-SE COM OS ELFOS
Os elfos não são seres que possam ser subjugados
para se obter algo, pois sua natureza é bem diversa dos outros elementais.
Eles são muito independentes e jamais alimentarão desejos humanos torpes e
egoístas. Para entrar em contato com os elfos, deve-se dirigir a lugares
onde costumam habitar: bosques, dólmenes, templos abandonados, rios, lagos,
lugares que não costumam ser visitados pelos seres humanos. Ao se chegar ao
local, deve-se sentar-se no solo ou em uma pedra e chamá-los com
amabilidade. Se for possível, deve-se recitar algum poema, realizar um rito
ou cantar uma canção élfica. Pode-se também levar alguns presentes como
doces, cervejas, etc. Não peça nada, apenas desfrute da mágica companhia
dos elfos. Se conseguir despertar atenção, já será uma grande vitória.

Texto pesquisado e desenvolvido por
ROSANE VOLPATTO

Bibliografia Consultada
Seres Fantásticos - J. Felipe
Alonso
O Reino dos Devas e dos Espíritos
da Natureza - Geoffrey Hodson
Hadas e Elfos - Édouard Brasey




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