
DUENDES

Os duendes habitam nossas
casas e são conhecidos por suas travessuras e falta de seriedade, fazendo muito
barulho a noite e causando transtornos ao nosso sono. Esses seres estão
associados aos gnomos e são considerados emissários e operários etérios do fluxo
de energia vital. Eles podem viajar através das dimensões o que lhes permite
aparecer e desaparecer.
Segundo a crença popular, o
pequeno tamanho que apresentam quando tornam-se visíveis aos olhos humanos, é
unicamente uma aparência que os duendes podem adquirir voluntariamente.
Esses pequenos seres
possuem grande apreço pela música, pelo canto e bailes.

Igual aos gnomos, os
duendes são elementais da terra, cujas vibrações são tão próximas da terra
física que influenciam as estruturas minerais, exercendo poder sobre as pedras,
a flora e a fauna.
É o reino mineral que dá
sustentação ao reino vegetal e tem ligação com todos os outros reinos, pois é o
constituinte químico de todos os compostos físicos e espirituais que compõe a
terra em todas as suas realidades. Conseqüentemente, os duendes e os gnomos são
muito importantes, pois possuem o poder e a capacidade de direcionar energias a
planos abrangentes e dinâmicos.
O contato com um duende é
bem interessante, mas devemos nos preparar para recepções divertidas ou
desagradáveis, de acordo com a nossa egregore interna. Eles podem nos ajudar
muito no aprendizado com plantas e ervas.
Os duendes possuem hábitos
noturnos e geralmente têm uma atitude benévola com os seres humanos, para os
quais realizam pequenos trabalhos domésticos se forem devidamente respeitados e
alimentados.
A maioria deles moram nos
bosques ou campos, no interior de alguma árvore ou no subsolo da terra.

Cada país tem suas próprias
peculiares tradições no que se refere aos duendes. No Brasil, o duende mais
popular é o Saci-Pererê, um assombroso negrinho de uma perna só, cuja
responsabilidade é evitar a depredação da natureza e a matança desordenada dos
animais. Cooperam com ele, o curupira, o caapora, entre outros, todos com o
mesmo propósito. O nosso Saci, como qualquer duende, pode ser vingativo e cruel
para todo aquele que desobedecer suas leis.
Os duendes podem viver
vários séculos, ultrapassando 500 anos, mas não são imortais.

CARACTERÍSTICAS GERAIS

Os Duendes, geralmente adotam um
estilo medieval de vestuário. Usam pequena túnica marrom, às vezes guarnecida
por uma ampla gola debruada, botões brilhantes e debruns de cor verde, calções
marrons, meias rústicas e dois tipos de calçado: ora uma "bota de lavrador",
longa e pesada, ora um sapato de bico fino, de confecção mais leve.
A cabeça é normalmente coberta por
uma touca longa e pontuda, se bem que, às vezes, um chapéu duro e de abas curtas
substitua o barrete de camurça mais comumente usado.
Grupos de duendes, absortos em
suas ocupações, foram vistos usando aventais bastante semelhantes aos usados por
ferreiros; fivelas e fechos brilhantes geralmente fazem parte de seus
equipamentos. Trabalhando, os duendes portam e simulam utilizar ferramentas,
principalmente pás e picaretas, com as quais eles cavam a terra com grande
aplicação.
Os duendes variam de compleição:
os representantes de algumas tribos são baixos e atarracados, gordos e roliços,
de membros curtos; já outros, são magros e de aparência jovial. A sua altura
varia de 10 a 30 centímetros. O rosto é parecido com o de um velho, com
sobrancelhas acinzentadas, barba e bigode, tez avermelhada, curtida pelo sol e
pela chuva. Seus olhos são pequenos e redondos e sua expressão cândida, cordial
e bucólica.
São por natureza, criaturas
comunicativas e amistosas, andam em bandos e são altamente miméticos nos seus
hábitos, nos seus modos de vestir, de brincar e de trabalhar. Como seu elemento
é a terra, possuem eles muita coisa comum com a simplicidade rústica do
lavrador. Aparentemente, o tipo é de origem medieval, pelo menos o seu aspecto
presente é com certeza modelado a partir do homem do campo daquele período.
A ALDEIA DOS DUENDES

O clarividente Geoffrey Hodson em
seu livro "O Reino dos Devas e dos Espíritos da Natureza", nos dá uma idéia que
como realmente é uma aldeia de duendes em uma densa floresta de carvalhos,
aveleiras e algumas faias:
"Na encosta escarpada de um dos
penhascos da costa ocidental de Thirlmere, existe uma grande colônia de duendes;
vivem logo abaixo o nível do solo, mas passam o tempo tanto acima como abaixo da
superfície. Avisto um certo número de casinhas minúsculas logo abaixo da
superfície da colina. O seu formato é absolutamente perfeito e em sua maioria
são de madeira e cobertas com palha, apresentando janelas e portas. Espalham-se
irregularmente pela encosta da colina. Entre elas, em meio às raízes e rocas que
as circundam, pode-se ver inúmeras figuras de duendes. O que se segue é uma
tentativa de descrever um deles, escolhido ao acaso.
Não ultrapassando mais de treze
centímetros de altura, ele parece um velhinho, levando na cabeça um chapéu
marrom talhado como uma touca de dormir e usando uma vestimenta também marrom,
que consiste de um calção folgado, que os duendes parecem geralmente adotar,
meias e botas. Seu rosto é coberto por uma barba acinzentada e transmite uma
expressão de rusticidade antiga.
Não se pode deixar de observar que
eles simulam uma vida doméstica, muito embora eu não visse nenhuma figura
feminina nessa aldeia de duendes. Os duendes literalmente fervilham por essa
encosta da colina e diferem muito pouco entre si quanto à aparência ou à
inteligência. Parecem estar apenas "evoluindo" por aqui. Eles se diferenciam de
todos os outros duendes que vi anteriormente pelo fato de não parecerem
trabalhar em sintonia com qualquer processo da Natureza; embora venerem as
árvores, não parecem em absoluto servi-las.

Um deles aproxima-se de mim agora
e, guardando uma distância de dois ou três metros à minha direita, passa a se
"exibir", com gestos extravagantes e humor simplório. É muito mais magro que os
outros duendes que aparentam o aspecto de velhos, e dele se desprende uma
sensação de "cor", um pouco de vermelho sobre o chapéu (que é cônico, com a
ponta pendendo ligeiramente para atrás) e um pouco de verde em seu costume
marrom. É com dificuldade que posso identificá-lo como um duende, pois seus pés
acabam por se reduzir a um ponto, seus membros inferiores são mais finos e
alongados e suas mãos grandes demais para o resto do corpo. Apóia a mão esquerda
na cintura e com a direita aponta na direção da floresta, como se orgulhosamente
exibisse as maravilhas do lugar: a esse orgulho acrescenta-se uma boa dose de
presunção e de vaidades infantis. Seu rosto é bem barbeado e avermelhado, os
olhos são pequenos, o nariz e o queixo pronunciados, a boca, já bastante larga,
alarga-se mais para um arreganho. Seus gestos e a sua postura são
surpreendentes, pois é tamanha a flexibilidade de seu corpo que ele pode
dobrar-se e estirar-se em quase todas as posições.

Não consigo fazer com que ele se
aproxime um pouquinho mais, pois de imediato começa a demonstrar apreensão.
Parece inquieto, mas não, suponho, verdadeiramente atemorizado. A "aura" humana
é dissonante para ele, e ao contato provavelmente perderia o equilíbrio. Por
outro lado, constato como é etérea e frágil sua constituição, que possui menos
consistência do que uma lufada de ar; não obstante, suas formas são claras e
perfeitamente delineadas e todos os detalhes absolutamente nítidos.
Voltando novamente a minha atenção
para a comunidade dos duendes e esforçando-me para apreender alguns detalhes de
sua vida, certas peculiaridades se destacam. Por exemplo, uma tentativa de
observar o interior de suas moradas revelou, para a minha surpresa, que elas não
possuíam nada dentro, pois quando alguém passava pela porta, não havia nada lá!
A fachada exterior é absolutamente perfeita e muito pitoresca, mas o interior é
mais do que escuridão. Na verdade, a ilusão de uma casa desaparece inteiramente
quando a consciência dirige a atenção para o seu interior. Algumas linhas finas
e ondulantes de magnetismo são tudo o que se pode ver. Os duendes, ao passarem
pela porta, abandonam as suas formas de duendes e mergulham para o fundo da
terra num estado relativamente uniforme. Todos parecem se julgar atarefados,
precipitando-se pelo recinto com ares de seriedade, para mim, entretanto, tudo
não passa de puro faz-de-conta. Parece não haver muita comunicação entre eles,
sendo todos excessivamente auto-suficientes.
As casas não pertencem a nenhum
indivíduo ou grupo, qualquer membro da colônia pode utilizá-las, limitando-se
essa "utilização" meramente a passar para dentro e para fora através da porta.
Certamente, eles sentem alguma satisfação em contemplar o exterior dessas casas.
Entre os pertences desses duendes, não vejo nenhuma das ferramentas de trabalho,
embornais ou aventais que notei em outras ocasiões. Parecem ser menos
inteligentes e evoluídos, mas centrados em si mesmos e muito mais desprovidos de
finalidade em sua existência do que quaisquer outros duendes com os quais já me
deparei."

O que Geoffrey Hodson descreve é
uma descoberta de uma aldeia de duendes que nunca anteriormente tinha visto. O
que posso acrescentar é que os duendes, assim como as fadas, podem se apresentar
sob diversas formas, pois eles só são visíveis à nível ETÉREO (um estado mais
sutil que o gasoso). A matéria que os forma é tão sensível e fluídica que pode
ser moldada por coisas tão tênues como o pensamento e o sentimento. Desse modo,
a forma se determina imitando os elementos das plantas e dos animais, ou
utilizando um molde tradicional; ou bem interceptando as modalidades do
subconsciente humano.
Assim, a aparência de todos os
seres feéricos refletirá a freqüência de idéias preconcebidas que deles
tenhamos. Portanto, não é anormal que suas formas sejam numerosas e variadas,
porém se baseiam em uma diminuta figura humana que sempre possuem algum defeito,
um traço ou membro exagerado.
COMUNICANDO-SE COM DUENDES E
GNOMOS

Em primeiro lugar, quero
deixar claro, que são nossos bloqueios mentais que nos leva a pensar que para
manter contato com os seres da natureza, precisamos de um grau de altíssimo
desenvolvimento espiritual, ou que precisamos estar livres, isentos de falhas ou
conflito pessoais ou de termos o dom da clarividência. Com exceção de alguns
(como os silfos), as portas da comunicação com os espíritos elementais (Devas),
estão abertas a todos que sentem amor pela Natureza. Entretanto, sempre é bom
obedecer-se alguns passos para que o contato se estabeleça com sucesso:
1. Ter um interesse
verdadeiro no trabalho com os espíritos da Natureza, de um ponto de vista que
supere a satisfação do "ego".
2. Abordar a Natureza com
um sentimento de admiração, curiosidade e respeito.
3. Estar aberto às
possibilidades em termos energéticos, psicológicos, mentais e espirituais que a
comunicação com os Espíritos da Natureza podem trazer.
4. Cultivar uma consciência
e sensibilidade com relação ao mundo natural que nos permitam "entrar em
sintonia" com as energias dévicas de todos os reinos da Natureza, animais,
vegetais, minerais e dos outros elementos: água, ar, fogo, terra.
A ligação com o Reino
Dévico ajuda-nos a encontrar o nosso própria lugar no mundo natural com o
objetivo de ajudar e proteger o meio ambiente e de favorecer a evolução humana.
A nossa verdadeira compreensão dos problemas da Vida Natural, cria uma forte
ligação com a Mãe Terra (Gaia), ajudando os elementais em seu serviço criativo
para renovar e assegurar a sobrevivência dos homens.

CONHEÇA ALGUNS NOMES DE DUENDES E
GNOMOS:
ACESSE O LINK ABAIXO
gnomosduendes2.html

ORAÇÃO AOS ELEMENTAIS
Pequeninos guardiães
Seres de luz infinita
De dia me tragam a paz
De noite os dons da magia
Invisíveis guardiães
Protejam os quatro cantos da minha alma
Os quatro cantos da minha casa
Os quatro cantos do meu coração.
Texto pesquisado e
desenvolvido por

ROSANE VOLPATTO
Bibliografia Consultada
Seres Fantásticos - J. Felipe
Alonso
O Reino dos Devas e dos Espíritos
da Natureza - Geoffrey Hodson
Hadas e Gnomos - Édouard Brasey
 
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