:: DEUSAS DA CRIAÇÃO, FERTILIDADE E DO
NASCIMENTO ::

Quando se fala de
bem-estar e de fertilidade no Egito, fala-se também da reprodução, da
procriação, dos homens e dos deuses. O nascimento é, aliás, um momento decisivo
da existência humana. Várias são as divindades que presidiam à concepção, à
gravidez, ao parto e à amamentação dos seres humanos, em particular se se
tratava da criança real.
A seguir, apresento um conjunto de Deusas
egípcias cuja função está diretamente relacionada com a fertilidade, a criação
ou o nascimento, bem como os momentos de êxtase e de fertlidade da vida terrena,
uma fase de passagem inevitável e marcante até à entrada do homem no eterno
mundo do Além.
SHESMETET
Conhecida pelo exótico epíteto de "Senhora do
Punt", numa clara alusão à região do incenso e das matérias preciosas do corno
de África, Chesmetet, como Deusa leonina, é provavelmente uma manifestação da
Deusa Sekhemet.
Segundo referência dos "Textos das Pirâmides",
é ela que dá nascimento ao faraó reinante, assumindo assim, os caracteres de
deidade relacionada com o nascimento. Em textos funerários é considerada a mãe
do defunto, seja ele faraó ou um "osíris" justificado. Uma fórmula em seu nome,
que devia ser recitada no último dia de cada ano, atestava também o seu poder
como força mágica contra os seres sobrenaturais que provocam mortandades.
Os faraós Ptolomeu VIII Evergata II (170-163,
145-116 a.C.) e Ptolomeu IX Soter II (116-110, 109-107, 88-80 a.C.),
construíram-lhe um santuário, um "Templo do Deserto" cavado na rocha, na entrada
do Uadi Hellal, em El-Kab, ao norte de Edfu.
SATET
Denominada Satet ou Satjet,
essa Deusa de Elefantina, Abu, "A Cidade do Elefante", a hedjet, flanqueada por
dois grandes chifres liriformes (de vaca ou gazela), era esposa de Khnum e mãe
de Anuket na tríade de Elefantina.
Como esposa de Khnum, Satet usurpou o lugar a
Heket, a Deusa batracocéfala. No entanto, a sua incorporação na tríade
elefantina e a sua relação com Khnum não é absolutamente clara. Daí que, muitas
vezes, seja referida como filha de Khnum e de Anuket.
Por vezes, Satet é representada segurando um
arco com flechas, o que lhe confere o título de "Aquela do arco" ou "Aquela que
corre como uma flecha". Taís títulos e representações colocam-na em relação com
os arqueiros núbios e parece fazer dela um Deusa originária dos países
meridionais, da Núbia. Entretanto, esses epítetos podem também fazer alusão à
fluidez da corrente do Nilo, que correria com a força e rapidez de uma flecha.
Os dois cornos de gazela de ladeiam a sua coroa
distintiva, pode referirem-se a sua eventual origem sudanesa, região onde as
gazelas abundam.
Por tudo isso, chega-se a conclusão que Satet
era, uma Deusa local da caça, "Princesa do Alto Egito", que se tornou Deusa da
Inundação. Aliás, o seu nome pode derivar de Seti, "tiro" (flecha de arco), como
de seti, "puro" (água). Há uma representação que mostra a Deusa
despejando/distribuindo as águas do Nilo sobre a terra, preparando os terrenos
para a imprescindível prática da agricultura. Era ela "Aquela que dá a água
fresca que vem de Elefantina".
A egipcianização da Deusa derivou da sua
identificação com o Olho de Rá (Ré), a Deusa que se retirava furiosa para os
territórios meridionais, onde os deuses egípcios da corte de Rá, enviados pelo
seu soberano, a foram procurar. Em conseqüência, era chamada de "Filha de Rá".
Como Deusa das inundações benfazejas e da
fertilidade, era também ela que, no Mundo Inferior, purificava com a sua água o
faraó quando esse chegava ao Mundo dos Mortos.
Como arqueira, foi naturalmente associada com
Neith, a Deusa de Sais que também tinha como insígnias as flechas e o arco,
sendo a sua réplica do Sul. Talvez devido à sua similaridade fonética dos nomes
Sate/Satis fundiu-se também com Sopdit (em grego Sotis), a "estrela-cão", Sirius,
arauto do início das cheias nilóticas.
"Auqla da Ilha de Shel", Deusa da I catarata,
era uma das divindades mais importantes do 1º sepat do Alto Egito.
No Império Novo, "A Senhora de Elefantina"
chegou a ser chamada "Rainha dos Deuses". Maetkaré Hatchepsut (1496-1483 a.C.)
ergue-lhe uma capela e dois obeliscos (consagrados às três figuras da tríade:
Khnum, Anuket e Satet) e Menkheperré Tutmés III (1504-1450 a.C.) construi-lhe
também uma capela, em Elefantina.
HEKET
Heket era uma Deusa da Água, diretamente
associada à criação e ao nascimento. Os seus lugares de culto mais importantes
situavam-se no Egito Médio, nomeadamente em Antinoé.
Nessa cidade, essa Deusa batracomorfa,
representada, normalmente, ora como uma mulher como cabeça de rã, ora como rã,
surgia, enquanto divindade criadora primordial, associada ao deus Khnum, sendo
considerada sua esposa. Era ela que conferia o sopro da vida aos homens e às
mulheres que Khnum modelava na sua roda de oleiro.
Heket tinha principalmente uma função benéfica
junto das mulheres, no momento crucial do parto. A sua figura era representada
em vários amuletos e escaravelhos, usados por motivos mágicos pelas mulheres
grávidas e pelas parturientes para as protegerem durante o parto. Deusa do parto
e do nascimento real, Heket era considerada a padroeira das parteiras que,
compreensivelmente, eram apelidadas de "Servas de Heket". A tradição lendária
propagava que, juntamente com Meskhenet, a Deusa Heket era uma das parteiras
que, todas as manhãs, assistia ao nascer do Sol.
Todavia, Heket tanto presidia ao nascimento dos
faraós e das rainhas como ajudava Osíris a ressuscitar de entre os mortos. A sua
forma de rã era, aliás, extremamente elucidativa nesse particular, pois esse
batráquio era um símbolo de ressurreição. A rã, pela sua capacidade reprodutora
e pelo mistério ligado ao seu nascimento, era, efetivamente, associada às forças
que davam vida ao morto.
Em Hermópolis, Heket estava ligada às quatro
divindades-rãs que viviam no Nun antes da "Primeira Vez", antes da criação do
Cosmos. Em Abidos, defendia-se que, simultaneamente com Shu, de quem fora
esposa, nascera do deus-sol Rá. Em Kus, no Alto Egito, era encarada como esposa
de Hor Uer, possuindo um templo próprio.
Ocasionalmente, Heket era vista como uma forma
de Hathor e, em conseqüência, chamada mãe de Hórus, o Antigo (Hor Uer). Era
também assimilada a Nekhebet, a Deusa-abutre do Alto Egito.

TAUERET ou TUÉRIS
Juntamente com Bes (considerado seu marido),
Taueret, a Deusa-hipopótamo, apesar de seu aspecto repulsivo e até ameaçador,
era uma divindade inofensiva, benevolente, desfrutando de enorme aceitação no
lar egípcio, onde as suas imagens eram freqüentes.
Tal como Bes, também Taueret era figurada em
inúmeros amuletos, usados sobretudo pelas mulheres grávidas ou pelas mulheres em
trabalho de parto, a quem assegurava uma eficaz proteção contra os maus
espíritos. Como Deusa protetora das grávidas, a sua figura surge em camas e em
vasos para guardar leite, na medida em que a sua atuação favorecia a abundância
de leite materno. Seus amuletos eram, muitas vezes, colocados nos túmulos para
proteger a ressurreição, o renascimento, dos defuntos no Reino dos Mortos.
Embora considerada uma divindade secundária na
religião oficial, Taueret triunfou uma divindade de primeiro plano em termos de
religião e de devoção popular.
Embora considerada uma divindade secundária na
religião oficial, Taueret triunfou como divindade de primeiro plano em termos de
religião e de devoção popular. Na verdade, granjeou grande popularidade entre o
povo e a classe média dos tempos faraônicos, como divindade doméstica,
presidindo à maternidade, ao nascimento e ao período inicial do aleitamento. Não
raro, o seu nome era atribuído a muitas crianças, expressando a devoção pessoal
dos pais.
Representada de pé, sobre as patas traseiras,
apoiando-se no signo hieróglifo "sa" (sinal de proteção ou de proteção mágica),
essa Deusa era uma divindade compósita: tinha cabeça em parte de crocodilo e em
parte de hipopótamo, cauda de crocodilo, corpo de hipopótamo com largos flancos
e ventre proeminente, seios de mulher, pendentes, patas de leão e mãos humanas,
com as quais segura o signo "ankh", símbolo da "vida".
A sua íntima ligação com o parto, como
protetora das mães e de crianças, parece ter sido sugerida pela aparência de
gravidez que a sua figura de fêmea hipopótamo de enorme barriga, qual Deusa
da fecundidade, apresenta. Aliás, o seu nome "A Grávida", "A Pesada" ou "A
Grande", baseia-se na mesma concepção. Ao reunir características físicas de
vários animais, a Deusa Taueret congregava os elementos mais aptos para
assegurar uma eficaz defesa e proteção das mulheres grávidas.
Em um aspecto mais vingativo, a Deusa surge com
o corpo de hipopótamo e com cabeça de leoa, brandindo ameaçadoramente um punhal
e, segundo Plutarco, como hipopótamo fêmea, era esposa e concubina de Seth, o
hipopótamo macho. Tal relação parece pressupor uma reputação meléfica, tanto
mais que os hipopótamos eram uma força destruidora para os barcos do Nilo. No
entanto, a mitologia retira-lhe os caracteres negativos quando toma o partido de
Hórus na disputa pelo trono do Egito.
Além da sua representação como hipopótamo
fêmea, Taueret podia ainda figurar como mulher, usando na cabeça o disco solar e
uns chifres de vaca em tudo semelhantes aos usados por Hathor.
Aproximada de Apet, Deusa-hipopótomo da região
tebana, A Deusa Taueret era venerada em Templos de Tebas e de Deir el-Bahari.
Durante o Império Novo era adorada, sobretudo em Tebas, como protetora da vida
doméstica. Na XVIII dinastia, era representada muitas vezes com Bes a dançar à
volta da mulher grávida na câmara do nascimento. Segundo o relato mítico,
Taueret foi uma das assistentes no importante nascimento de Hatchepsut.
Juntamente com Bes, Tauret era também uma
deidade tutelar do sono, encarregada de afastar maus espíritos e influências
perniciosas. Por vezes, usava o disco solar e os chifres de vaca, qual
Deusa-Mãe, para lembrar que assistia o nascimento diário do Sol. Também era
chamada de "Olho de Rá", sendo considerada sua filha e mãe de Osíris e de Ísis.
Com o título de "Senhora do horizonte", Taueret
tornou-se uma Deusa-cósmica, estando relacionada com a constelação faraônica do
hipopótamo, colocada pelos astrônomos egípcios no hemisfério norte do céu. Uma
pintura do pael astronômico da Deusa surge no teto de uma câmara do túmulo de
Menmaetré Seti I (1291-1278 a.C.), no Vale dos Reis, datado da XIX dinastia.
No dia 11 de setembro, ocorre a celebração
dessa Deusa.
APET ou OPET
Deusa hipopótamo benigna da região tebana (Ipet
ou Opet) mencionada pela primeira vez nos "Textos das Pirâmides" quando o
monarca a chama de mãe e a requer para nela mamar o leite divino. Pode, por
isso, afirmar-se que, desde muito cedo, que essa Deusa hipopótamo estave
associada à fecundidade e à amamentação.
Na teologia de Tebas, essa Deusa é assimilada
quer a Taueret, cuja aparência é, aliás, muito semelhante, quer a Nut. Como
divindade grávida, como sugere a sua representação de hipopótamo fêmea de ventre
saliente, teria dado à luz o deus Osíris. Tal elaboração levou à sua assimilação
com a mãe de Osíris, segundo a concepção heliopolitana Nut, na forma Apet-Nut.
Em Tebas, em Karnak, o templo da
Deusa-hipopótamo Apet situa-se próximo do templo de Khonsu e foi construído em
grande parte por ação do faraó-basileu Ptolomeu VIII Evergeta II (170-163,
145-116 a. C.). Vários soberanos posteriores completariam a decoração do
santuário.
Descrita como "Senhora da Proteção Mágica",
Apet, a exemplo de Taueret, usufruiu de grande força amulética. Foram os gregos
que lhe chamaram Ipet.
MESKHENET
Mulher usando na cabeça duas altas plumas
enroladas nas extremidades, interpretadas como pequenas folhas de palmeira ou
plantas aquáticas, ou, então, representação dos dois tijolos do nascimento, do
parto, sobre os quais a parturiente egípcias se acocorava ou ajoelhava para dar
á luz ou que se colocavam sob a sua cabeça, Meskhenet presidia ao parto: Era uma
Deusa do nascimento.
Meskhenet era a protetora dos recém-nascidos e
a Deusa do Destino. Aparecendo à mãe no preciso momento em que a criança nascia,
a quem imediatamente predizia o futuro, era naturalmente associado a Chai, o
deus do Destino. Com efeito, dizia-se que Meskhenet era casada com Chai.
Essa Deusa do parto e do nascimento, por vezes,
considerada como quatro divindades, Deusas da câmara do nascimento. Essas quatro
Meskhenet eram representadas como dançarinas que festejavam com música o feliz
acontecimento que era um nascimento.
Quando assistiu ao nascimento de Hatchepsut,
Meskhenet prognosticou-lhe um brilhante e longo futuro dizendo:
"A criança é estabelecida na qualidade de rei
do Alto e Baixo Egito. Assegurarei continuamente a tua proteção mágica, sob o
comando de Rá (Ré). Dou-te vida e a força superior a todos os outros seres;
confiro-te a vida, a prosperidade e a saúde, a eficácia, a ilustração e a
alegria, os alimentos e todas as coisas belas e boas. Possas tu aparecer radiosa
na qualidade de rei do Alto e do Baixo Egito, aquando de muitos jubileus, tu,
vivente, durável, forte, o prazer do coração fica com o teu "ka", nesse Duplo
País que é teu, no trono de Hórus, por tempo infinito".
Como outras divindades do nascimento, Meskhenet
estava também relacionada com a ressurreição e com o julgamento dos mortos. Com
efeito, ela estava presente na Sala das Duas Maet, onde o coração do morto era
apuradamente examinado. Acompanhava o defunto e explicava aos deuses a
existência terrena que levava, na esperança de o auxiliar a obter um veredicto
satisfatório. Era como se assistisse a um renascimento. Nos ritos funerários,
prestava assistência a Ísis e a Néftis.

RENENUTET
Também conhecida pelo nome de Renenet, a quem
os gregos chamaram Termutis ou Ermutis, Renenutet era a Deusa-cobra da colheita,
serpente benéfica venerada pelos camponeses, sobretudo, no Faium. Como "Senhora
do Grão" e "Dama das colheitas", era a entidade divina agrícola que zelava pelo
bom crescimento dos grãos dos cereais e das plantas, afastando as más
influências. As primeiras gotas de água, de cerveja e de vinho, bem como o
primeiro pão, eram-lhes dedicados.
Representada sob forma humana, como mulher, ou
antropomorfa, com cabeça de uma serpente uraeus, sobre a qual possuía duas
longas plumas, essa divindade agrícola podia ainda ser figurada simplesmente sob
os traços de uma serpente sagrada, animal ctônico por excelência.
As suas representações antropomorfas ou
herpetomorfas mostram-na aleitando Nepri, a personificação do trigo, deus do
grão, considerado seu filho, ou o próprio faraó. Outras vezes, amamenta a alma
dos mortos, assumindo o caráter de divindade necrópole tebana. De imediato, a
mentalidade egípcia estabeleceu o óbvio paralelo entre Renenutet/Nepri e Ísis/Hórus
criança. Tal paralelismo suscitou a sua assimilação a Ísis, na Época Baixa, e a
adoração de uma nova divindade: Isermutis.
Essas representações fazem de Renenutet a
divindade tutelar da amamentação das crianças e, por vezes, da criança real,
justificando outro dos epítetos por que era comumente invocada: "A Alimentadora"
ou "A serpente que alimenta". Como enorme serpente uraeus, usava o disco solar e
os chifres de vaca, iguais aos de Hathor, na cabeça.
Deusa-ama que presidia à amamentação das
crianças, rapidamente Renenutet suscitou a sua união com Chai e com Meskhenet.
Tornou-se estreitamente associada à idéia de destino de boa sorte e de
prosperidade e, como Deusa do destino, assistia e protegia todas as crianças
durante os trabalhos de parto. Além do alimento, da Sorte, Renenutet conferia
aos recém-nascidos a própria personalidade, os traços distintivos de cada ser.
AS
SETE HATHORES
Como Deusa-Mãe que vivia na
Árvore do Céu e alimentava a alma dos homens e dos mortos, Hathor adaptou 7
formas. As sete Hathores presidiam ao nascimento das crianças egípcias e
realizam as suas funções a favor dos mortos e dos recém-nascidos ou
recém-criados.
As sete Hathores eram uma
espécie de fadas-madrinhas que, no momento do nascimento ou da criação de um
ser, o visitavam para determinarem o seu destino. Como divindades do destino, as
suas predições do futuro podiam ser favoráveis (nesse caso, identificavam-se com
a Deusa Renenutet que presidia os destinos positivos) ou não (nesses casos,
identificavam-se com Chai, o portador das desgraças), mas ninguém escapava ao
destino por elas traçado.
Usualmente sete, podiam
também ser nove. Eram normalmente representadas como um grupo de jovens mulheres
tocando tamboris e usando o disco solar e chifres de Hathor. Por vezes, captando
a forma da sua divindade-base, podiam ser representadas ainda como sete vacas,
cada uma com o seu próprio nome:
1. Senhora do Universo;
2. Tempestade Celeste;
3. A Terra do Silêncio;
4. A de Khemmis;
5. Cabelo Vermelho;
6. Vermelho Resplandecente;
7. O Teu Nome Floresce no
Céu.
Em papiros mitológicos
surgem outros nomes alternativos:
1. Senhora da Casa de
Jubilação;
2. e 3. Senhoras do Oeste;
4. e 5. Senhoras do Este;
6. e 7. Senhoras da Terra
Sagrada.
O capítulo CXLVIII do "Livro
dos Mortos", além de referir o nome das sete Hathores, é geralmente acompanhado
de uma vinheta que apresenta sete vacas celestes, o seu touro, quatro lemes e
quatro figuras mumificadas. As setes vacas são, as sete Hathores e o touro é,
compreensívelmente, uma forma do deus sol, Rá (Ré). Os quatro lemes simbolizam
os quatro pontos cardeais, ao passo que as quatro figuras mumificadas
representam os Espíritos do Além que alimentam os defuntos.
Na Época Ptolomaica, as sete
Hathores eram identificadas como as sete Plêiades, desde cedo consideradas
filhas de Atlas.
MERIT
Deusa da música, o seu nome
significa "A Amada". No âmbito da típica dualidade egípcia. Merit era vista como
Merit do Baixo Egito e como Merit do Alto Egito. Ambas surgem no "naos" das
barcas de Amon e na proa das barcas de outras divindades.
A Merit do Norte usa na
cabeça uma cora feita de papiros (a planta simbólica do Baixo Egito, cujo
hieróglifo surge na sua onomástica), ao passo que a do Sul tem um bouquet de
lótus (a planta emblemática do Alto Egito, também presente na sua designação
hieroglífica).
Texto pesquisado e
desenvolvido por
ROSANE VOLPATTO
Bibliografia consultada:
As Divindades Egípcias -
José das Candeias Sales
O Mundo Mágico do Antigo
Egito - Christian Jacq
La religión del Antiguo Egipto - Stephen Quirke
La Diosa -
Shahrukh Husain
Os
Egípcios - Cyril Aldred
 
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