


 

|

DEUSA GLISPA
Glispa é uma deusa navajo que
deu aos dines, ou "o povo", como
eles se chamam, o canto sagrado da beleza e da
cura. Depois de uma jornada cheia de perigos,
uma jornada de natureza xamânica, Glispa
conheceu um xamã da tribo cobra que seria seu
amante e professor. Ele levantou a superfície de
um lago mágico, que era a entrada para o
submundo, e a deixou entrar. As cobras são
guardiãs da sabedoria em todas as mitologias do
mundo, e quase sempre são vistas sob uma luz
positiva. As cobras são geralmente conectadas ao
elemento da água primitiva.
Glispa passou dois anos com o
povo de La Culebra, que viveu no Lago do
Despertar, no submundo e aprendeu lá seu belo e
complexo canto, que mais tarde ensinaria aos
índios navajos quando retornasse do submundo
para visitar sua família. Dizem que os cânticos
navajos buscam a cura e restauram o equilibrio e
a harmonia.

Os navajos são o maior grupo indígena dos Estados Unidos:
cerca de trezentos mil (mais do que a população de muitos países membros das
Nações Unidas). A
maioria deles vive no Arizona e no Novo México, territórios originários da
Nova Espanha. Eles
vieram do Canadá. Eles
são relativamente autônomos em setenta mil
quilometros quadrados(uma
extensão como a da Irlanda).
Eles
têm sua própria bandeira, autoridades e sistema judicial. Também
estações de rádio, jornais, escola técnica e universidade (todos em Navajo).
Na trilha cheia de pólen, caminho.
Com gafanhotos aos meus pés, ando.
Com o orvalho aos meus pés, ando.
Com beleza, ando.
Com a beleza diante de mim, ando.
Com a beleza atrás de mim, ando.
Com beleza em mim, ando.
Com a beleza aos meus pés, ando.
Com a beleza ao meu redor, ando.
Na velhice, vagando renascido
ao longo de um caminho vivo de beleza, caminho.
Tudo termina em beleza!
Texto pesquisado e desenvolvido
por
ROSANE VOLPATTO
|