Os europeus do
norte chamaram
sua Deusa sensual
de Fréya, que
significa
"concubina" e
deram seu nome
para o sexto dia
da semana, a
Sexta-feira, ou "Friday".
Ela era a regente
ancestral dos
deuses mais
velhos, ou Vanir
e irmã de Fricka.
Fréya era a mais
bela e querida
entre todas as
Deusas, que na
Alemanha era
identificada com
Frigga. Ela
nasceu em
Vaneheim, também
era conhecida
como Vana, a
Deusa dos Vanes,
ou como Vanebride.
Quando Fréya
chegou a Asgard,
os Deuses caíram
apaixonados por
sua beleza e
elegância que lhe
concederam o
reino de Folkvang
e o Grande
Palácio de
Sessrymnir, onde
a Deusa podia
acomodar todos os
seus admiradores
e os espíritos
dos guerreiros
mortos nas
batalhas.
Fréya era
filha de Njörd
(Deus do Mar) e
da giganta Skadi
(Senhora dos
Invernos e
Caçadora das
Montanhas). Tinha
como irmão Freyr,
que era o deus da
paz e da
prosperidade.
Pertencia a raça
dos Vanes.
Fréya
e Frigga são
consideradas dois aspectos da
Grande Deusa.
Fréya é o
aspecto donzela e Frigga o aspecto
materno.
AS UNIÕES DE
FRÉYA
Fréya por ser tão
bonita, despertou
o amor de Deuses,
Gigantes e Gnomos
e todos tiveram a
sua vez, para
tentar obtê-la
como esposa.
Porém, Fréya
desdenhou os
feios Gigantes, e
inclusive
rechaçou a Thrym
quando Loki e
Thor a obrigaram
a aceitá-lo como
marido.
Entretanto, não
era tão
inflexível quando
tratava-se dos
Deuses, pois como
personificação da
Terra, desposou:
Odin (o Céu),
Freyr (o irmão
que representa a
chuva
fertilizante),
Odur (a luz do
Sol), entre
outros.
Teve muitos
maridos e
amantes, que
aparentemente
mereceu as
acusações de Loki
de ser muito
volúvel, pois
havia amado e
casado com muitos
Deuses.
O COLAR MÁGICO E
O MANTO
Como Deusa da
Beleza, Fréya,
igual a todas as
mulheres, era
apaixonada por
vestidos e jóias
preciosas. Um
dia, enquanto se
encontrava em
Svartalfrein, o
reino debaixo da
terra, viu quatro
gnomos fabricando
um belo colar.
Quando a Deusa o
viu pela primeira
vez, decidiu que
deveria ser seu,
mas os gnomos não
o queriam vender.
No entanto, eles
a presenteariam
com o colar se
ela passasse uma
noite com cada um
deles. Sem
hesitar, Freya
concordou e
tornou-se
proprietária de Brinsingamen
(colar), um
poderoso
equilíbrio da
Serpente Midgard
e um símbolo de
fertilidade. Tais
atributos
correspondem à
Lua Cheia.
O colar mágico
que Freya usava
foi obra dos
artesões
conhecidos como Brisings:
Allfrigg, Dvalin,
Berling e Grerr.
A inveja e a
cobiça de Odin
por tal jóia e
pelo meio através
do qual Fréya a
obteve o levou a
ordenar ao deus
gigante Loki que
roubasse o colar.
Para recuperá-lo,
Fréya deveria
concordar com uma
obscura ordem de Odin: deveria
incitar a guerra
entre reis e
grandes exércitos
para depois
reencarnar os
guerreiros mortos
para que lutassem
novamente.
Fréya também era
orgulhosa
proprietária de
um manto de
plumas de falcão.
Quando Fréya
aparecia envolta
em seu manto de
plumas de falcão e não
usando nada a não
ser seu colar
mágico de âmbar,
ninguém podia
resistir a ela. O
manto de penas,
lhe permitia voar
entre os mundos.
Já o colar mágico
da Deusa, tinha o
dom de fazer
desaparecer os
sentimentos
dolorosos. Este
colar se rompeu
uma vez, segundo
uma lenda, por
ira da Deusa ao
tomar
conhecimento de
que um gigante
havia roubado o
martelo de Thor e
pedia sua mão
para devolver a
arma do Deus do
Trovão.
RAINHA DAS VALQUÍRIAS
Com o nome de Valfreya comandava as Valquírias
nos campos de batalha, reclamando para si,
metade dos heróis mortos. Era representada
portando escudo e lança, estando somente a
metade inferior de seu corpo vestida com o
atavio solto habitual das mulheres.
Fréya transportava os mortos eleitos até
Folkvang, onde ram devidamente agasalhados. Ali
eram bem-vindas também, todas as donzelas puras
e as esposas dos chefes, para que pudessem
desfrutar da companhia de seus amantes e esposos
depois da morte.
Os encantos e
prazeres de sua morada eram tão encantadores e
sedutores que as as mulheres nórdicas, as vezes,
corriam para o meio da batalha quando seus
amados eram mortos, com a esperança de terem a
mesma sorte, ou deixavam-se cair sobre suas
espadas, ou ainda, ardiam voluntariamente na
mesma pira funerária em que queimavam os restos
de seus amados.
Muito embora,
Fréya seja
regente da morte,
Rainha das Valquírias, as
condutoras das
almas dos mortos
em combate, ela
não era uma Deusa
atemorizadora,
pois sua essência
era o poder do
amor e da
sexualidade,
embelezando e
enriquecendo a
vida. Ela era
ainda, a única
que cultivava as
maçãs douradas de
que se
alimentavam os
deuses lhes
conferindo a
graça da
juventude eterna.
Como acreditava-se que Fréya escutava a oração dos
apaixonados, esses sempre a invocavam e era costume compor canções de amor em
sua honra, as quais eram cantadas em ocasiões festivas. Na Alemanha, seu nome
era usado com o significado do verbo "cortejar".
Este aspecto
da Deusa, também conhecida como líder das Valquírias, a
conecta à Lua
Nova.
DEUSA-XAMÃ
É considerada
ainda, a Deusa da
magia e da
adivinhação. Ela
era quem iniciava
os deuses na arte
da magia.
A magia de Freya
era xamanística
por natureza,
como indica seu
vestido ou manto
de pele de
falcão, que
permitia que se
transformasse em
um pássaro,
viajasse para
qualquer dos
mundos e
retornasse com
profecias. A
Deusa, aliás,
emprestou a Loki
a sua plumagem de
falcão para que
ele fosse
libertar Idunn, a
Deusa Guardiã da
Maçã da
Juventude,
raptada pelo
gigante Thjazi,
metamorfoseado em
águia.
Os xamãs atuais
julgam tal
habilidade de
efetuar viagens
astrais como
necessárias para
a previsão do
futuro e para
obter sabedoria.
Entre os
nórdicos, esta
habilidade
presenteada por
Freya, era
chamada Seidhr.
ENCANTAMENTO
SEIDHR
Seidhr era uma
forma mística de
magia, transe e
adivinhação
primariamente
feminina. Apesar
da tradição rezar
que as runas
teriam se
originado de
Freya, e que
fossem utilizadas
por suas
sacerdotisas, a
maior parte de Seidhr envolvia a
prática de
transmutação,
viagem do corpo
astral através
dos Nove Mundos,
magia sexual,
cura, maldição e
outras técnicas.
Suas praticantes
chamadas Volvas
ou às vezes
Seidkona, eram
sacerdotisas de
Freya. Enquanto
uma volva entrava
em transe, outras
sacerdotisas
entoavam canções
especiais,
chamadas "galdr".
Era o uso do
canto conjugado
com a repetição
de poesias que
era criado o
estado alterado
de consciência.
As volvas podiam
inclusive entrar
em contato com
elfos e duendes.
Eram consultadas
pelo povo sobre
todos os tipos de
problemas.
As Volvas
moviam-se
livremente de um
clã ao outro.
Elas não
costumavam se
casar, apesar de
possuírem muitos
amantes. Essas
mulheres portavam
cajados com uma
ponteira de
bronze e usavam
capas, capuzes e
luvas de pele de
animais.
As mulheres
pareciam ser as únicas
praticantes do
Seidhr de Freya,
pois esse era um
ritual-erótico
reservado as
mulheres. Isso
implica que esse
prática datasse
provavelmente
de época anterior
à formação dos
dogmas
paternalistas e,
portanto, sem
dúvida, de antes
da
androcratização
dos mitos (os
anos, divindades
da Fertilidade e
da Proteção, são
sobreviventes
dessa época).
Entretanto,
existem vestígios
em poemas e
prosas de que
Seidhr fosse
também praticado
por homens
vestidos com
roupas de
mulheres. Odin,
por exemplo, é a
única deidade
masculina listada
nos mitos a ter
praticado este
tipo de magia,
como iniciado de
Freya. Vestir-se
com roupas de
sexo oposto é uma
tradição
realmente antiga
que tem suas
raízes na crença
de que um homem
deve
espiritualmente
transformar-se em
uma mulher para
servir a Deusa.
FRÉYA E ODUR
Fréya, como
personificação da
Terra, casou-se
com Odur, o
símbolo do Sol de
verão, a quem ela
amava muito e
com o qual teve
duas
filhas: Hnoss e Gersimi.
Essas donzelas
eram tão formosas
que todas as
coisas belas eram
batizadas com
seus nomes.
Enquanto Odur
permaneceu ao seu
lado, Fréya
sempre estava
sorridente e era
completamente
feliz. Porém,
cansado da vida
sedentária, Odur
abandonou seu lar
subitamente e se
dedicou a vagar
pelo mundo. Fréya,
triste e
abandonada,
chorou
copiosamente e
suas lágrimas
caiam sobre as
pedras
abrandando-as. Se
dizia inclusive,
que chegaram a
introduzir-se no
centro das
pedras, onde se
transformavam em
ouro. Outras
lágrimas cairam
no mar e foram
transformadas em
âmbar.
Cansada da sua
condição de viúva
de marido vivo e
desejosa de ter
Odur novemente em
seus braços,
Fréya resolveu
empreender
finalmente sua
busca,
atravessando
terras, ficou
conhecida por
diferentes nome
como Mardel ("Luz
sobre o Mar"),
Horn ("Mulher
linho"), Gefn ("A
Generosa"), Syr
("A Porca"),
Skialf e Thrung,
interrogando a
todos que se
encontravam a um
passo, sobre o
paradeiro de seu
marido e
derramando tantas
lágrimas que em
toda a parte o
ouro era visto
sobre a Terra.
Muito longe, ao
sul, Fréya
encontrou
finalmente Odur,
debaixo de uma
florescente
laranjeira,
árvore prometida
aos apaixonados.
De mãos dadas,
Odur e Fréya
empreenderam o
caminho de volta
para casa e à luz
de tanta
felicidade, as
ervas cresceram
verdes, as flores
brotaram, os
pássaros
cantaram, pois
toda a natureza
era simpatizante
com a alegria de
Fréya como se
afligia quando se
encontrava
triste.
As mais belas
plantas e flores
do Norte eram
chamadas de
cabelos de Fréya,
as gotas de
orvalho de olho
de Fréya. Também
dizia-se que a
Deusa tinha um
afeto especial
pelas fadas,
gostava de
observá-las
quando dançavam à
luz da Lua e para
elas reservava as
mais delicadas
flores e o mais
doce dos mel.
Odur, o marido de
Fréya, era
considerado a
personificação do
Sol e também um
símbolo da paixão
e dos
embriagantes
prazeres do amor,
por isso, esse
povo antigo,
declarava que não
era de estranhar
que sua esposa
não conseguira
ser feliz sem
ele,
Esta Deusa era
também, protetora do
matrimônio e dos
recém-nascidos.
DEUSA DA
FERTILIDADE E DOS
GATOS
Fréya, Deusa
da Fertilidade,
da Guerra e da
Riqueza, viveu em
Folkvang (campo
de batalha) e
possuía a
habilidade de
voar, o que fazia
com uma charrete
puxada por dois
gatos brancos: Bygul (cabeça de
ouro) e Trjegul
(árvore do âmbar
dourado). Após
servirem a Deusa
por 7 anos, eles
foram
recompensados
sendo
transformados em
bruxas,
disfarçadas em
gatos pretos.
Os gatos eram os
animais favoritos
da Deusa Fréya,considerados
símbolos de
carinho e
sensualidade, ou
da personificação
da fertilidade.
Freya é portanto,
uma Deusa
associada aos gatos, tal
qual a egípcia Bast e à grega
Àrtemis Além
disso, tinha
poderes de se
transmutar e era
a Sábia que
inspirou toda a
poesia sagrada.
Mulheres sábias,
videntes,
senhoras das
runas e
curandeiras
estavam
intimamente
conectadas com
Freya, pois só
ela era a Deusa
da magia,
bruxaria e dos
assuntos
amorosos.
Algumas vezes,
foi representada
conduzindo junto
com o irmão Freyr
uma carruagem
conduzida por uma
javali de cerdas
de ouro,
espalhando, com
suas mãos
pródigas, frutas
e flores para
alegrar os
corações da
humanidade.
FRÉYA, A
DEUSA-JAVALI
Como Deusa da
Batalha, Fréya
montava um javali
chamado de
Hildisvín. O
sobrenome de
Fréya era "Syr",
que significa
"porca".
O javali tem
associações
especiais dentro
da mitologia
nórdica. Como
Deusa-Javali, ou
Deusa-Porca Fréya
está associada
entre os nórdicos
como entre os
germanos e os
celtas, a
práticas sexuais
proibidas (em
particular o
incesto entre
irmão e irmã,
representado pelo
par Freyr-Fréya),
muitas vezes
ligadas às
celebrações da
primavera e da
renovação:
durante essa
cerimônia
realizava-se o
acasalamento
ritual de um
sacerdote com uma
sacerdotisa,
considerados como
o Senhor Freyr e
a Senhora Fréya.
Esse rito sexual,
do qual existia
uma equivalência
entre os celtas,
sobreviveu,
principalmente na
Inglaterra, na
forma, muito
atenuada, de
coroar um rei e
uma rainha de Mai
(a tradição dos
mais, dos
trimazos ou da
árvore de mai,
corrente na
França ainda há
não muito tempo,
teve origem
semelhante).
O javali era
também o animal
sagrado de Freyr,
o Deus fálico da
Fertilidade e era
sacrificado à ele
como oferenda no
ano novo, de modo
a garantir
prosperidade nos
doze meses
seguintes. Daí
surgiu o costume,
que chegou até
nossos dias, de
comermos carne de
porco na virada
do ano.
O costume da
cabeça de javali
ou porco na mesa
de Natal, com uma
maçã à boca,
também remonta
diretamente aos
ritos consagrados
a Freyr.
Sacrificava-se a
ele um porco ou
javali por
ocasião do "Feöblot"
("sacrifício a
Freyr"), que se
realizava durante
o "Jul" (ciclo de
doze dias no
solstício de
inverno), porque
o Deus tinha como
atributo um
javali de cerdas
de ouro, chamado
Gullinbursti, o
qual também lhe
servia,
ocasionalmente,
de montaria.
O javali, na
mitologia celta,
é símbolo do
poder espiritual
inacessível e foi
perseguido por
Artur, que
representava o
poder temporal e
guerreiro.
A HISTÓRIA DE
FRÉYA E OTTAR
Os nórdicos não
só invocavam
Fréya para obter
êxito no amor,
prosperidade e
crescimento, mas
sim também, em
certas ocasiões,
para obter ajuda
e proteção. Ela
concedia à todos
que a serviam
fielmente, como
aparece na
história de Ottar
e Angantyr, dois
homens que, após
discutirem
durante algum
tempo direitos de
propriedade,
expuseram sua
disputa ante os
Deuses. A
assembléia
popular decretou
que o homem que
pudesse provar a
descendência de
estirpe mais
nobre e mais
extensa, seria
declarado
vencedor, sendo
designado um dia
especial para ser
investigada a
genealogia de
cada demandante.
Ottar, incapaz de
recordar o nome
de seus
antepassados,
ofereceu
sacrifício a
Fréya, rogando
por sua ajuda. A
Deusa escutou
indulgentemente
sua oração e,
aparecendo diante
dele, o
transformou em um
javali e sobre o
seu lombo
cavalgou até a
morada da
feiticeira Hyndla,
uma célebre
bruxa. Com
ameaças e
súplicas, Fréya
exigiu que a
anciã traçasse a
genealogia de
Ottar até Odin e
nomeasse cada
indivíduo por seu
nome, com o
resumo de suas
façanhas. Então,
temendo pela
memória de seu
devoto, Fréya
também exigiu a
Hundla que
preparasse uma
poção de
recordação, a
qual deu a ele
para beber.
Assim preparada,
Ottar
apresentou-se
ante a assembléia
no dia marcado e
com facilidade
recitou sua
linhagem,
nominado os
muitos mais
antepassados de
que Angantyr pode
recordar, por
isso foi
facilmente
recompensado com
a garantia de
posse da
propriedade em
questão.
DEUSA-LÍDER DAS
DISIR
Dentro das
tradições dos
antigos povos
nórdicos, a Deusa
Fréya era uma das
líderes dentro do
matriarcado das
Deusas, o que lhe
rendia vários
cultos,
principalmente na
Suécia e na
Noruega, onde era
venerada como a
"Grande Dis".
O Disirblot, era
um festival
celebrado
anualmente no
início de inverno
nórdico em honra
a Deusa Fréya e
as Disir. Durante
a comemoração era
servido cerveja,
porco, maçãs e
cevada.
Todos os
festivais
nórdicos eram
denominados de "blots"
e contava com o
comparecimento de
toda a
comunidade.
Seu
culto tinha
caráter erótico e orgiástico,
associado sempre
com a luxúria, o
amor e a beleza.
As ancestrais
femininas Disir
eram descritas
como nove
mulheres vestidas
de preto ou
branco,
carregando
espadas. Nove é
um número lunar e
é considerado
pelos nórdicos
como um dos mais
misteriosos e
sagrados números.
As Disir estão
também associadas
as Valquírias e
as Norns. Elas
traziam sorte,
mas também eram
famosas por suas
adivinhações,
principalmente
quando envolvia
justiça cármica.
Conectar-se com
as Disir é muito
eficaz para
aumento de
auto-estima e
poder pessoal.
Todos os rituais
de invocação
dessas
sacerdotisas
devem ser
realizados na lua
cheia.
Os templos
dedicados a Deusa
Fréya eram muito
numerosos e foram
mantidos durante
muito tempo por
seus devotos, o
último em
Magdeburgo, na
Alemanha, foi
destruído por
ordem do
Imperador Carlos
Magno.
CULTO À FREYA
Era costume serem
realizadas
ocasiões solenes
ou festivais para
beber e honrar a
Deusa Fréya junto
com outros
Deuses, mas com o
advento do
cristianismo se
introduziu no
Norte, iguais
comemorações
foram
transladadas para
a Virgem ou a
Santa Gerturdes.
A mesma Fréya,
como todas as
divindades pagãs,
foi declarada
como demônio ou
uma bruxa e
desterrada aos
picos das
montanhas
norueguesas,
suecas e alemãs.
Como a andorinha,
o cuco e o gato
era umm animais
sagrados para
Fréya nos tempos
pagãos,
acreditou-se que
essas criaturas
tinham qualidades
demoníacas,e
inclusive nos
dias atuais se
representa as
bruxas com gatos
pretos ao seu
lado.
ARQUÉTIPO DA
TERRA
FRÉYA como
arquétipo da
Terra é a "Mãe
Escura" que
através de seu
útero cria todas
as coisas vivas.
Já na qualidade
de "Mãe
Terrível", ela
devora tudo que
nasce de volta
para o seu
ventre.
Seu útero de
morte é um
estômago
devorador de
carne humana, o
escuro abismo de
tudo que vive. É
o sangue do
guerreiro que a
alimenta e é por
isso, que a Deusa
exige oferendas
de sangue vivo
para ser saciada.
Os instintos de
agressão e
sexualidade, o
amor e a morte,
estão todos
inseparavelmente
unidos a Deusa
Fréya. Isso
porque, a
fecundidade dos
seres vivos está
baseada no
instinto que os
impele ao sexo,
mas toda a vida
também depende do
alimento e esse,
do ato de dominar
e devorar a
presa.
De igual forma, a
psique humana,
quando projeta-se
para o
inconsciente,
encontrará nele a
unidade de um
útero escuro (a
terra interior),
no qual criaturas
se devoram e se
geram. A terra
está viva dentro
do inconsciente
do homem e é a
Grande Mãe, em
oposição ao
princípio
masculino
patriarcal.
O simbolismo
matriarcal é
perigosamente
pagão aos olhos
do patriarcado,
pois a terra foi
amaldiçoada como
sendo a
quintessência do
mal, pelo mundo
patriarcal,
dominado pelo
Céu. O
patriarcado
despedaçou a
humanidade,
tornando-a uma
parte superior e
outra inferior,
não deixando
margem para
reconciliação
entre ambas.
A visão
patriarcal tentou
varrer de volta
para o útero
(inconsciente),
todo o elemento
titânico do mundo
matriarcal e
acredita que
teria vencido
esse dragão
colocando o pé
sobre sua cabeça.
Entretanto, mesmo
assim a
humanidade seguiu
matando e
assassinando,
entregue ao
próprio
inconsciente,
encontrando
desculpas e
justificativas
sagradas para
tais feitos.
Dessa vez, não
foram as Deusas,
mas sim o Deus
único e
Todo-Poderoso que
exigiu essas
ações. As guerras
travadas nesses
casos, foram
então
consideradas
guerras santas.
A grande verdade
é que não
necessitamos de
ilusões
enganadoras para
percebermos os
instintos
agressivos de
dentro de nós. O
correto é não
culpar Deusas ou
Deus e
reconhecermos
essa força
impulsionadora em
nós como algo
esmagador, que
ainda não foi
descoberta a
cura, mas que é
uma doença, que
nada tem a ver
com "sagrada".
A submissão à
escuridão, a
aceitação dos
aspectos
negativos de
"anima"
(princípios
femininos) e "animus"
(princípios
masculinos),
a sensibilidade e
o instinto
perante à
natureza e a
assimilação do
inconsciente no
sentido da
integração da
personalidade,
são algumas das
expressões mais
significativas
para o
desenvolvimento
psíquico do homem
atual.
A nossa Terra
Interior é antes
de tudo, uma
Terra criativa,
que não apenas
produz e engole a
vida, mas que
também
transforma,
porque permite
que tudo aquilo
que morreu seja
ressuscitado e
trás para o
exterior o mais
elevado.
ENCONTRANDO-SE
COM FRÉYA
Fréya chega
em nossas vidas
para ajudar-nos
a respeitar
nossa
sexualidade.
Está mais que
na hora de você
se ligar a esta
energia vital,
primordial e
revigorante e
expressá-la,
tenha ou não
parceiro.
Trata-se de
estar
plenamente
presente no
corpo e sentir
a energia
vibrante e
elétrica de
seus órgãos
sexuais e
usá-la para
animar todo o
seu ser.
Você tem
medo de sua
sexualidade? As
advertências
que recebeu na
infância e
adolescência a
impedem de
explorá-la?
Você acha que o
sexo exige
parceiro e que,
se não estiver
com alguém, não
pode desfrutar
sua
sexualidade?
Fréya diz que
quando se vive
a sexualidade,
todos nós nos
abrimos para a
energia
dinâmica que
flui em toda a
criação. Quando
você a exclui,
limita suas
possibilidades
de entrar em
contato com a
energia da
Deusa, que lhe
trará mais
vitalidade. No
caminho à
totalidade
devem ser
incluídos todos
os aspectos,
mas
principalmente
a sexualidade.
RITUAL DE
AMOR COM OS
ELEMENTOS
Comece este
ritual em pé,
ao ar livre e
onde não possa
ser perturbada.
Feche os olhos,
inspire e
expire
profundamente,
desapegando-se
de tudo o que
for necessário.
Faça outra
inspiração
profunda e
demorada.
Visualize
então um
círculo. Vá
para o leste. O
leste é o lugar
do elemento ar.
Com suas
próprias
palavras
convide o ar
para brincar
com você.
Sinta-o
acariciar a sua
pele, tocando-a
suavemente.
Entregue o
corpo às
sensações que
surgirem. Deixe
que o prazer se
expanda para
todo o corpo.
Não tenha
pressa, fique
deste modo o
tempo que
desejar.
Agora vá
para o sul, o
lugar do fogo.
Convide o fogo
para brincar
com você. Sinta
o calor do sol
e a vibração
deste calor em
sua pele.
Sentirá então,
o calor
espalhar-se por
todo seu corpo.
Inspire e sinta
a delícia
provocada pelo
calor do sol e
deixe-se
irradiar como
fogo. Não se
apresse,
vivencie tudo
com muita
calma.
Vá para o
oeste, o lugar
da água.
Convide-a para
brincar com
você. Sinta a
água escorrer
por sua pele,
acariciando-a
com sua
umidade. Sinta
o prazer que
ela lhe
proporciona.
Deixe a água
envolvê-la.
Inspire a
sensação da
água. Não se
apresse.
Vá para o
norte, o lugar
da terra.
Convide-a para
brincar com
você. Pegue a
lama e espalhe
por seu corpo
com respeito,
com apreço,
respeitando a
intenção de
proporcionar
sensações
agradáveis.
Espalhe uma
camada farta do
amor que a
terra tem por
você em seu
corpo.
Aproveite este
momento. Não
hesite em
vivenciar tudo
o que vier à
tona.
Agora
inspire toda a
energia que
criou durante o
seu
relacionamento
amoroso com os
elementos.
Saiba que é
você que está
no comando de
sua sexualidade
e, somente você
é responsável
por atender às
suas
necessidades.
Quando
estiver pronta,
respire fundo e
abra os olhos.
Volte para o
aqui e agora e
agradeça a
Fréya pela
dádiva desta
experiência.