DANÇA DE VELHOS

Dança de pares
soltos, executada
com os
figurantes,
homens e
mulheres,
caracterizados
como Velhos e
Velhas, ou seja,
usando perucas de
algodão, barba e
bigode também de
algodão.
Os Velhos se
vestem com roupa
de gala da época
do Império e
Regência: culotes,
meias compridas,
cartolas,
casacas, camisas
com peitilhos em
babados; as
Velhas usam saia
longa rodada,
bata e xale.
Todos usam
bordões à
semelhança de
bengalas.


A música é
executada por uma
banda composta
por instrumentos
variados: pistom,
saxofone, violão
e pandeiro. As
batidas dos
bordões no chão
marcam o ritmo da
melodia.
A dança
compreende três
partes: "Marcha",
"Allegro" e
"Fadinho", cada
uma delas com
coreografia
distinta.
1. Na "Marcha",
os dançadores,
organizados em
duas fileiras,
desenvolvem
passos para
adiante e para
trás, trocam de
lugares, fazem a
"meia-lua" por
fora das filas,
depois por
dentro,
retornando aos
lugares
primitivos.

2. No "Allegro",
repetem a
movimentação
anterior, mas
agora com passos
ligeiros e
saltitantes,
sugeridos pela
música animada,
terminando com a
figuração do "garranchê".
3. No "Fadinho",
os pares se
entrelaçam e
dançam de modo
cômico,
retornando depois
às fileiras para
a repetição da
marcha, que
encerra a dança.
Essa expressão
existe no sul
fluminense.
Na Bahia, região
do São Francisco
e em Minas
Gerais,
municípios de
Viçosa e
Diamantina, a
dança é
simplificada
tanto no aspecto
musical quanto na
coreografia. Há
apenas uma linha
melódica que
ajusta os
movimentos de
recuo e avanço
das fileiras de
Velhos e Velhas;
o pulso rítmico é
marcado pelas
batidas das
bengalas e pelos
pés dos
dançadores.
Nesses locais a
banda consta de
viola violão e
pandeiro.

Em Franca, São
Paulo, a dança
compreende cinco
partes:
1. "Marcha": os
pares caminham
trôpegos em duas
fileiras.
2. "Meu benzinho
toma essa flor":
os pares se
defrontam e os
velhos oferecem
às velhas a flor
que trazem na
lapela. Elas
recusam, porém
aceitam o
dinheiro que eles
simulam tirar do
bolso.
3."Palomita ou
pirolito": os
pares batem
palmas, ora nas
próprias mãos,
ora nas do
parceiro, ora
entrecruzando os
braços, ora nas
próprias coxas.

4. "Chicotinho":
os pares dão
variadas voltas
em torno de si
mesmos, em
compasso de
valsa.
5. "Batuquinho ou
Pelo Telefone":
Velhos e Velhas
gingam,
deslizando para
frente em
diagonal. A dança
termina com a
marcha inicial,
seguida do
garranchê.
Essa dança era
realizada nos
salões
aristocráticos na
época do ciclo do
café e açúcar.
Depois, tornou-se
bem popular e
ganhou as ruas
com um ritmo de
brincadeira e é
apresentada
durante as festas
do Divino nas
regiões Sul e
Centro-Oeste, mas
principalmente
nas cidades de
São Luís de
Paratinga (SP),
Parati e Angra
dos Reis (RJ).

Texto pesquisado
e desenvolvido
por
ROSANE VOLPATTO



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